5 de Junho: Ecologia e Meio Ambiente, um chamado urgente à consciência coletiva
Data:07/06/2025 - Hora:16h54
Reprodução Web
O dia 5 de junho marca duas das datas mais importantes para o debate socioambiental: o Dia Mundial do Meio Ambiente e o Dia da Ecologia. Em 2025, mais do que nunca, essas datas nos convocam a olhar com atenção para os desafios ambientais que atravessam o mundo e, de forma ainda mais intensa, o estado de Mato Grosso — uma das regiões com maior responsabilidade ecológica do país. Não se trata mais de previsão, mas de constatação: estamos vivendo as consequências do desequilíbrio entre desenvolvimento humano e preservação ambiental.
Mato Grosso é gigante em sua biodiversidade. Abriga a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal, três biomas fundamentais para o equilíbrio climático do Brasil e do planeta. Porém, também é um dos estados que mais sofrem com os efeitos das ações predatórias. Em 2024, liderou o ranking nacional de queimadas, com mais de 24.800 focos de incêndio detectados — sendo 13.600 apenas no mês de agosto. Boa parte desses incêndios foram provocados por ações humanas, em áreas de vegetação nativa ou pastagens, muitas vezes de forma irregular e com uso criminoso do fogo. A estiagem, mais longa e severa nos últimos anos, agravou o cenário e contribuiu para impactos duradouros sobre o solo e a biodiversidade.
O desmatamento também segue sendo uma ferida aberta. Entre agosto de 2023 e julho de 2024, Mato Grosso perdeu aproximadamente 1.700 km² de vegetação nativa. Apesar de esse número representar uma queda de 32% em relação ao período anterior, impressiona saber que 75% dessa destruição foi ilegal. Essa estatística escancara o desafio que ainda temos em relação à fiscalização efetiva, à responsabilização dos infratores e à construção de políticas públicas que conciliem preservação com produção.
O uso indiscriminado do solo, especialmente no Pantanal, é outro ponto de alerta. O avanço da agricultura sem critérios técnicos e a ocupação irregular de áreas de preservação têm contribuído para a destruição silenciosa de ecossistemas que levam séculos para se regenerar. O Pantanal é o maior berçário de fauna silvestre das Américas e, ainda assim, tem sido vítima de práticas que ignoram seu valor ecológico e sua fragilidade natural.
O desafio é coletivo. O meio ambiente não pertence a um governo, a uma geração ou a uma região. Pertence a todos e exige responsabilidade compartilhada.
Neste 5 de junho, que o debate ambiental ultrapasse os discursos e se transforme em compromisso. Porque a natureza já deu todos os sinais — agora é a vez da sociedade responder. Preservar o meio ambiente não é só um gesto de consciência. É uma escolha estratégica, econômica e, acima de tudo, humana. A natureza já fez sua parte por milênios. Agora, é a nossa vez de retribuir. Bom Dia!
fonte: Da Redação
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