Com 8 votos, Câmara mantém veto da prefeita Eliene, servidores protestam e nova proposta entra em pauta
Data:21/03/2025 - Hora:16h41
CMC
A sessão extraordinária da Câmara Municipal de Cáceres, realizada na última quarta-feira (19), foi marcada por protestos e indignação dos servidores públicos. O motivo? A manutenção do veto da prefeita Eliene Liberato Dias (PSB) ao reajuste salarial de 4,77% da Revisão Geral Anual (RGA), direito garantido por lei aos trabalhadores municipais.
O veto foi mantido por 8 votos a 6, frustrando servidores que lotaram a Câmara em busca do reajuste. Vereadores da base governista argumentaram que a decisão foi necessária para garantir a sustentabilidade fiscal do município. Já a oposição criticou duramente a medida, destacando que, enquanto os servidores tiveram o reajuste negado, a prefeita e os próprios vereadores garantiram aumento salarial.
Indignação e protestos na Câmara
O vereador Cézare Pastorello (PT) foi um dos mais enfáticos contra a decisão:
“Neste exato momento, os servidores de Cáceres estão sem RGA. Todos os trabalhadores do país têm esse direito. Isso é lamentável, revoltante.”
A lista de votos reforça o embate entre governo e oposição. Votaram com a prefeita os vereadores Valdeníria Dutra (PSB), Manga Rosa (PSB), Franco Valério (PSB), Professor Domingos (PSB), Jorge Augusto (PP), Isaís Bezerra (Republicanos), Rubens Macedo (União Brasil) e Magaly Silva (PP). Já os que defenderam os servidores foram Pastorello, Marcos Ribeiro (PSD), Pacheco Cabeleireiro (PP), Elis Enfermeira (PL), Pastor Júnior (PL) e Jerônimo Gonçalves (PL).
Os servidores deixaram a sessão revoltados, apontando falta de compromisso da gestão com os trabalhadores.
Prefeitura justifica veto e propõe novo projeto
Diante da repercussão negativa, a Prefeitura de Cáceres divulgou uma nota esclarecendo os motivos do veto e apresentando uma nova proposta. Segundo a prefeita Eliene Liberato Dias, o veto foi necessário para manter o equilíbrio fiscal do município. O projeto original previa o reajuste integral de 4,77%, mas a supressão de artigos que garantiam medidas de ajuste fiscal inviabilizou sua execução.
Como alternativa, a Prefeitura enviou um novo projeto à Câmara, propondo o pagamento do reajuste de forma parcelada em três vezes (março, abril e maio de 2025). Além disso, os valores referentes a janeiro e fevereiro serão diluídos ao longo dos meses seguintes.
A gestão municipal reforça que a nova proposta busca conciliar o direito dos servidores com a responsabilidade fiscal e reafirma seu compromisso com a transparência e o diálogo.
fonte: Da Redação
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