Até onde vai a insanidade humana?
Data:21/03/2025 - Hora:15h23
Reprodução Web
O assassinato brutal da jovem Emelly Beatriz Sena, de apenas 16 anos, é mais um episódio que nos força a encarar a face mais sombria da humanidade. A frieza com que Nataly Helen Martins Pereira, uma bombeira civil, planejou e executou esse crime para roubar o bebê da vítima revela um nível de perversidade que desafia qualquer lógica. Como alguém que deveria salvar vidas se transforma em um monstro capaz de tamanha atrocidade?
O choque causado pelo crime ultrapassou fronteiras. A revista americana People destacou o caso, gerando perplexidade nos Estados Unidos. Leitores horrorizados questionaram: “O que está acontecendo com as pessoas?” ou “Este mundo está pior do que qualquer filme de terror que alguém possa fazer”. E essa indignação não poderia ser mais pertinente.
A insanidade da violência extrema já deixou marcas profundas na história recente do Brasil. Casos como Isabella Nardoni, lançada do sexto andar pelo próprio pai e madrasta, e Henry Borel, espancado até a morte pelo padrasto, mostram que a maldade não tem rosto, idade ou classe social. O assassinato de Eliza Samudio, estrangulada e esquartejada, e a execução cruel de Bernardo Boldrini, morto pelo próprio pai com uma superdosagem de sedativos, são exemplos de como a brutalidade pode surgir onde menos se espera: dentro de casa, entre aqueles que deveriam proteger.
Mas há algo ainda mais perturbador nesse último caso. Não se trata de um crime cometido no calor da emoção ou fruto de um impulso momentâneo. Foi um ato planejado, meticuloso, um verdadeiro roteiro de horror escrito e executado friamente por alguém que conhecia a importância da vida humana, mas escolheu destruí-la. Uma profissional treinada para salvar, para cuidar, decidiu matar.
O que leva alguém a esse nível de insanidade? A resposta talvez esteja na banalização da vida, na desvalorização do outro, na ausência de empatia e no crescente narcisismo social. O ser humano, cada vez mais desconectado de valores fundamentais, parece perder a noção do que significa a dor do outro. E a violência, que deveria ser uma exceção monstruosa, vai se tornando um espetáculo cotidiano.
O mundo não está apenas mais violento — ele está mais frio, mais indiferente, mais doente. A facilidade com que pessoas ultrapassam os limites da moralidade e da ética para satisfazer seus próprios interesses ou desejos mostra que a maldade não é um desvio isolado, mas um sintoma de algo muito maior. Uma sociedade que permite que crimes como esses se repitam sem grandes transformações está fadada a produzir cada vez mais monstros.
A pergunta que ecoa é: estamos prontos para encarar essa realidade e combatê-la? Ou continuaremos nos chocando até o próximo horror acontecer?
fonte: Da Redação
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