De acordo com a Coordenadora de Vigilância em Saúde, Cynara Piran, a prioridade é a eliminação de criadouros e o tratamento de focos antes de recorrer a medidas mais drásticas, como a aplicação do Fumacê pesado. "Hoje utilizamos o Fumacê leve, que é o bloqueio de transmissão, monitorando os bairros com maior incidência de casos. Esse ano, já visitamos 11.697 imóveis, dos quais 2.240 estavam fechados, o que representa um desafio para as ações de controle", destacou.

A instalação do Centro de Operações Emergenciais, foi determinada pelo plano de contingência do município, devido ao aumento expressivo de casos, internações e a ocorrência de óbitos. A unidade contará com a participação do Escritório Regional de Saúde do Estado, além de outras instituições envolvidas no combate à doença.

Sobre o uso do Fumacê pesado, Cynara explica que a medida será considerada apenas se houver necessidade comprovada. "Estamos localizados em uma região ambientalmente sensível, com proximidade ao Pantanal, e sabemos que o Fumacê pode impactar a natureza. No entanto, se o Centro de Operações Emergenciais avaliar que é necessário, faremos a solicitação ao Estado", afirmou Piran.

O secretário municipal de Saúde, Cláudio Henrique Donatoni, observou que enquanto isso, a principal estratégia segue sendo a prevenção, com visitas domiciliares para identificação e eliminação de criadouros. “A população também é convocada a colaborar, mantendo quintais limpos e evitando o acúmulo de água parada, essencial para interromper a transmissão da Dengue em Cáceres”, concluiu Cláudio.