Fevereiro Cinza: A urgência de olhar para a saúde mental
Data:23/02/2025 - Hora:18h03
Reprodução Web
A ansiedade tem sido uma das maiores epidemias silenciosas do nosso tempo. Em um mundo cada vez mais acelerado e exigente, milhões de pessoas vivem presas a um estado constante de preocupação e medo, muitas vezes sem sequer perceber que estão enfrentando um transtorno sério. Para se ter uma ideia, o Brasil lidera mundialmente o ranking de casos de transtornos de ansiedade, com mais de 18 milhões de brasileiros afetados, representando cerca de 9,3% da população. Dados recentes indicam que 26,8% dos brasileiros já receberam diagnóstico médico de ansiedade, e, alarmantemente, 68% da população relata sentir-se ansiosa, embora menos da metade busque ajuda profissional.
O Fevereiro Cinza, mês dedicado à conscientização sobre o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), surge como um alerta para essa realidade que atinge tantas vidas, mas ainda é cercada por estigmas e desinformação.
O Transtorno de Ansiedade Generalizada não é apenas “preocupação exagerada” ou “nervosismo”. Ele se manifesta em sintomas físicos como palpitações, fadiga extrema, insônia, dores musculares e dificuldade de concentração. No ambiente profissional, onde a pressão por resultados e prazos muitas vezes ultrapassa os limites saudáveis, a ansiedade se agrava, tornando-se um problema estrutural que precisa ser abordado com seriedade.
Nesse contexto, a Câmara Municipal de Cáceres deu um passo importante ao promover uma palestra para seus servidores sobre o tema, trazendo informação e sensibilização sobre a saúde mental no ambiente de trabalho. A iniciativa é louvável porque reconhece que o problema não pode mais ser ignorado: a ansiedade impacta não só a qualidade de vida dos indivíduos, mas também sua produtividade, suas relações interpessoais e, em larga escala, a economia e o funcionamento da sociedade como um todo.
Ao trazer esse debate para dentro de sua estrutura, dá o exemplo de que o setor público também deve se preocupar com a saúde mental de seus trabalhadores.
O poder público tem o dever de investir em mais políticas voltadas ao bem-estar psicológico da população, garantindo acesso a tratamentos adequados e incentivando programas de apoio dentro dos espaços de trabalho.
O Fevereiro Cinza nos lembra que cuidar da saúde mental não é luxo, nem frescura — é uma necessidade urgente. Porque, no fim das contas, uma sociedade mentalmente saudável é também uma sociedade mais produtiva, empática e equilibrada.
fonte: Da Redação
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