Política X Politicagem
Data:02/08/2024 - Hora:07h15
JCC Montagem
A diferença entre política e politicagem é mais que uma questão semântica; trata-se de um dilema crucial que impacta diretamente a vida de milhões de brasileiros. A política, no sentido nobre do termo, é a arte de governar para o bem comum, enquanto a politicagem é o uso de métodos e práticas escusos para obter vantagens pessoais ou partidárias, em detrimento dos interesses coletivos. Este editorial pretende analisar como essas duas faces da atividade política se manifestam no Brasil e como afetam o cotidiano dos cidadãos.
A política, quando bem conduzida, é um instrumento poderoso para a promoção da justiça social, o desenvolvimento econômico e a consolidação da democracia. Governantes comprometidos com o bem-estar da população trabalham para formular e implementar políticas públicas que atendam às necessidades da sociedade. Exemplos positivos incluem a expansão de programas sociais, investimentos em educação e saúde, e o fortalecimento das instituições democráticas. Políticas públicas bem planejadas e executadas podem transformar realidades, reduzir desigualdades e promover o crescimento sustentável.
Por outro lado, a politicagem mina a confiança nas instituições e desvia recursos que deveriam ser destinados ao bem comum. Quando políticos se envolvem em práticas como o clientelismo, o nepotismo e a corrupção, eles não apenas comprometem a eficiência da administração pública, mas também corroem os alicerces da democracia.
A diferença entre política e politicagem se manifesta em diversos aspectos da administração pública e da atuação legislativa. Enquanto a política busca soluções duradouras para problemas estruturais, a politicagem se contenta com medidas paliativas que rendem dividendos eleitorais a curto prazo. Projetos de infraestrutura, por exemplo, muitas vezes são inaugurados às pressas para coincidir com o calendário eleitoral, sem a devida preocupação com sua qualidade ou sustentabilidade. A politicagem também se revela na distribuição de cargos públicos como moeda de troca política, resultando em um serviço público ineficiente e desmotivado.
A responsabilidade de combater a politicagem não recai apenas sobre os políticos, mas também sobre a sociedade civil e a imprensa. Uma população bem informada e engajada é fundamental para a fiscalização do poder público. O voto consciente é uma arma poderosa contra a politicagem. Eleitores que escolhem seus representantes com base em propostas concretas e histórico de atuação tendem a eleger políticos mais comprometidos com o bem-estar coletivo.
A imprensa, por sua vez, tem um papel crucial na denúncia de práticas de politicagem e na promoção de um debate público saudável. Investigações jornalísticas e reportagens aprofundadas podem expor esquemas de corrupção e pressão por transparência e accountability. A cobertura equilibrada e imparcial dos eventos políticos ajuda a construir uma opinião pública bem informada e crítica.
É imperativo que a política se distancie da politicagem para que o Brasil possa enfrentar seus desafios com seriedade e eficácia. A luta contra a corrupção, a promoção da transparência e a valorização do serviço público são passos essenciais nesse processo. A política deve ser resgatada como uma atividade nobre e digna, capaz de transformar a sociedade e garantir um futuro melhor para todos os brasileiros.
A distinção entre política e politicagem é, portanto, uma questão de vida ou morte para a democracia. Cabe a todos nós – cidadãos, políticos, instituições e imprensa – trabalhar juntos para assegurar que a política, em sua essência verdadeira e nobre, prevaleça sobre a politicagem. Só assim poderemos construir um país mais justo, próspero e democrático. Pense Nisso. Bom Dia!
fonte: Da Redação
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