Juiz declina competência e nega “emprestar” carros apreendidos à PF na região de Cáceres
Data:01/08/2024 - Hora:19h01
Reprodução
O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, João de Almeida Portela, remeteu um pedido da Polícia Federal, de utilização de dois veículos apreendidos na operação “Jumbo”, ao juízo da 4ª Vara Criminal de Cáceres. As investigações apontam um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, de uma quadrilha ligada ao “Comando Vermelho”, por meio de estabelecimentos comerciais como postos de combustíveis.
De acordo com o pedido da Polícia Federal, que deflagrou a operação “Jumbo”, um Toyota Corolla XEI Flex (2017/2017) e um Hyundai HB20 (2019/2019) apreendidos nas diligências, poderiam ser utilizados pela PF em investigações.
Na análise do juiz João de Almeida Portela, entretanto, a PF deve fazer pedido ao juízo de Cáceres, onde tramita os autos principais da 2ª fase da operação “Jumbo”, que realizou a apreensão dos veículos.
Desde o ano de 2023, uma resolução do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) determinou que crimes de organização criminosa que ocorressem em municípios da região oeste do Estado – Araputanga, Comodoro, Jauru, Mirassol D’Oeste, Porto Esperidião, Pontes e Lacerda, Rio Branco, São José dos Quatro Marcos e Vila Bela da Santíssima Trindade -, deveriam tramitar na comarca de Cáceres.
“A superveniência da resolução n° 02, de 9 de maio de 2023, alterou parcialmente a competência desta especializada na medida em que instituiu a 4ª Unidade Criminal de Cáceres”, explicou o magistrado.
A operação “Jumbo” já teve 3 fases. A primeira delas foi deflagrada pela Polícia Federal em maio de 2022 e prendeu oito pessoas. Também foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, um deles contra a esposa de “Baleia”, identificada como Franciely Vieira Botelho
Entre os bens que tiveram seu sequestro determinado judicialmente, estão o Posto Atalaia e o Posto Jumbo, ambos avaliados em R$ 5 milhões cada, além de uma mineradora localizada em Nossa Senhora do Livramento, na região metropolitana de Cuiabá, avaliada em R$ 6 milhões. Também foram apreendidos diversos veículos, entre eles uma Range Rover de R$ 524 mil e uma Chevrolet Caravan SS, ano 1978.
Caminhões e reboques, que pertenciam às empresas M C O Transportes Eireli e M C LOG Transportes Eireli, também sofreram o sequestro judicial. As organizações estão no nome de um casal que era ex-funcionário de “Baleia”, no posto de combustíveis Jumbo – que dá nome à operação. O casal era utilizado pela organização criminosa para lavar o dinheiro oriundo dos lucros da venda de drogas.
fonte: Por Diego Frederici /Folha Max
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