Violência: Um problema que requer reflexão
Data:30/11/2023 - Hora:01h05
Reprodução Web
A violência persiste como uma sombra indesejada na sociedade, transcendendo fronteiras e afetando comunidades em todo o mundo. No entanto, mais do que um simples desafio social, a violência é um problema que atinge a consciência coletiva, demandando uma reflexão profunda e ação coordenada para promover mudanças significativas. Nesta semana assistimos a mais um dos muitos crimes brutais que infelizmente assolam dia a dia o mundo, o caso da morte da mãe e das três filhas ocorridos em Sorriso, o bárbaro crime seguido de violência sexual, sem dúvida coloca mais uma vez em evidência a vulnerabilidade em que todos estamos expostos, diante das mais variadas formas de violência, que pode ser física, psicológica, moral, sexual, econômica e social.
A Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002) define a violência como o “uso intencional da força ou poder em uma forma de ameaça ou efetivamente, contra si mesmo, outra pessoa ou grupo ou comunidade, que ocasiona ou tem grandes probabilidades de ocasionar lesão, morte, dano psíquico, alterações do desenvolvimento ou privações”.
A título de informação, de acordo com o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022 o Brasil registrou 47.508 mortes violentas intencionais, categoria corresponde à soma das vítimas de mortes violentas com intencionalidade, ou seja, crimes como: homicídio doloso (incluindo feminicídio e policiais assassinados), latrocínio (roubo seguido de morte), lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais (tanto em serviço, como fora de serviço).
Voltando ao tema, em sua essência, a violência é um sintoma de desequilíbrios sistêmicos, seja no âmbito familiar, comunitário ou global. Ela muitas vezes reflete a falta de compreensão mútua, empatia, respeito pelos outros. Portanto, abordar a violência requer não apenas medidas punitivas, mas uma abordagem holística que busque transformar as raízes profundas desse fenômeno.
A consciência desempenha um papel crucial nesse processo. É preciso que indivíduos e comunidades estejam conscientes das causas e consequências da violência, reconhecendo que ela não é apenas um problema distante, mas algo que pode afetar a todos. A conscientização cria a base para a empatia e a solidariedade, ingredientes essenciais para construir sociedades mais pacíficas.
Nesse contexto, a educação desempenha um papel vital. Promover a educação para a resolução de conflitos, a tolerância e a compreensão cultural desde as fases iniciais da vida pode ser uma estratégia eficaz para moldar mentes mais abertas e conscientes. A conscientização sobre alternativas não violentas para a resolução de conflitos pode alterar fundamentalmente a abordagem das gerações futuras em relação aos desafios sociais.
Ao abordar a violência, reconhecemos que sua solução não é uma responsabilidade exclusiva de um grupo ou setor. É uma tarefa coletiva que exige a participação ativa de todos os membros da sociedade. Somente ao nos tornarmos conscientes do impacto da violência em nossas vidas e nas vidas dos outros podemos começar a construir um futuro onde a compaixão prevaleça sobre a agressão, e a harmonia supere o conflito.
fonte: Da Redação
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