COLUNA RELIGIOSA: Não deixe que outras pessoas ocupem o lugar de Deus em sua vida
Data:09/11/2023 - Hora:22h37
“Naquele tempo, grandes multidões acompanhavam Jesus. Voltando-se, ele lhes disse: “Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo.” (Lucas 14,25-27)
Meus irmãos e minhas irmãs, penso que, se Jesus tivesse vivido as tecnologias dos tempos atuais no tempo d’Ele, com uma fala dessas, por exemplo, Ele teria perdido muitos “K” de seguidores, porque a proposta de Jesus é radical.
Enquanto Jesus fala de amor, de perdão, de respeito, está tudo certo — dentro dos padrões de uma sociedade moderna e evoluída —, mas quando o argumento exige a ordem do amor a Deus acima de todas as coisas, aí tudo muda. Tanto que Jesus, ao fazer certos discursos, percebeu que muitos deixaram de segui-Lo, muitos abandonaram o caminho do Senhor.
O verbo que aparece aqui para preferir, na verdade, o verbo é odiar, no original, apresentado como desapegar, na tradução que nós lemos. É claro que falar de odiar não está na lógica do desprezo ou de um sentimento mau em relação a quem tanto amamos, como foi apresentado aqui: o pai, a mãe, os filhos, os irmãos, a esposa. Não é isso! Odiar aqui é nunca colocar outra pessoa no lugar de Deus ou fazer de alguém o próprio Deus da sua vida, esse é o sentido.
Deus quer nos curar dessas relações doentes que nos aprisionam, em vez de nos libertar, relações que nos paralisam
Jesus não tem problema com o nosso amor por um pai, por uma mãe, irmão, mulher e filhos. Jesus não tem o “complexo de exclusividade”, até porque Ele nem precisaria do nosso amor se formos pensar; Ele já bastaria a si mesmo.
Um amor exclusivo a Deus é sem lógica, do contrário, porque Ele nos teria dado pessoas. Quando nós falamos do amor exclusivo a Deus, precisamos entender bem: Deus nos constituiu seres comunitários, não faz sentido o ser humano ser criado como um ser comunitário, cercado de pessoas e, depois, Deus exigir exclusividade. Não é isso!
Não incomoda a Deus o nosso amor por essas pessoas que nós tanto queremos bem, Ele sabe muito bem dividir-Se e dar-Se, basta vermos a Santíssima Trindade: o amor entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O problema aqui, que Jesus apresenta, é não achar que o seu pai seja o seu salvador ou seu filho seja o sentido único da sua vida ou a sua mulher ou até mesmo os seus bens materiais. Deus quer nos curar dessas relações doentes que nos aprisionam, em vez de nos libertar, relações que nos paralisam, em vez de nos lançar para a vida.
Por isso, o caminho de Cristo é o caminho da cruz — como Ele mesmo disse —, ou seja, de morte do meu eu para seguir Jesus sem impor nenhuma condição. Que a graça de Deus nos ajude!
Sobre todos vós desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
fonte: Canção Nova.com
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