Gráfico esta é sua história
Data:08/02/2023 - Hora:22h15
Reprodução AN
Nesta terça-feira, dia 7 de fevereiro, comemorou-se o Dia do Gráfico, data surgida, em razão de uma greve realizada por esses profissionais no ano de 1923, em São Paulo, onde a categoria reivindicava melhores condições de trabalho e salários mais justos. O movimento obteve sucesso e marcou a base sindical do país, tendo sido liderado por João da Costa Pimenta. Muitos ainda ignoram o trabalho do profissional gráfico e vamos aqui identificá-lo, este importante profissional é o responsável pela impressão de panfletos de propagandas, cartões de visita, convites, livros, revistas e jornais, além de etiquetas, embalagens e banners. Tudo começou com Johan Gutemberg (1400-1468), através de um código de impressão feito por letras em alto relevo e metálicas, a que chamaram de tipos, próprias para fixar a tinta. Foi ele o responsável pelo aperfeiçoamento das técnicas de impressão, sendo o primeiro a publicar a bíblia sagrada, através da impressão de trezentas páginas por dia. Já no Oriente, cinco séculos antes, o feito foi atribuído a Pi Cheng, um alquimista chinês que descobriu os tipos móveis de cerâmica. E antes de Pi Cheng, os chineses que viveram na Dinastia Tang, entre os anos de 617 e 907, já usavam tipos móveis de madeira para imprimir textos budistas e calendários. Com a evolução, as formas de impressão se tornaram mais modernas e mais ágeis, tornando a profissão de gráfico importante ferramenta para as comunicações, para o jornalismo, para divulgar ideias. Mas em virtude da modernidade e da informatização, os trabalhos gráficos não ficaram somente em torno das impressões das letras. As artes gráficas vieram com força total, possibilitando impressão de imagens em altas resoluções, dando maior qualidade aos produtos. Para se chegar ao produto final, o gráfico deve executar suas atividades em três níveis distintos: a pré-impressão ou etapa do projeto; a impressão, através de uma matriz de impressão, através da rotogravura, flexografia ou off-set; além da etapa de acabamento, onde utiliza-se de colagens, grampeamentos, dobraduras e cortes, fazendo a organização final do produto. O nosso colega de trabalho Eudes Couto, mais conhecido por Dodô, responsável pela impressão gráfica do Jornal Correio Cacerense, por sinal, um dos mais experientes profissionais do setor em Mato Grosso, com certeza vivenciou um pouco da era do chumbo. Quando daqueles tempos áureos da imprensa, dos tempos da linotipia e impressão a quente, do trabalho que dava compor os caracteres em linotipos, era uma trabalheira danada, uma correria. O linotipista recebia o texto que vinha da redação, onde a gente produzia as matérias (ninguém sonhava com internet) nem sempre datilografadas porque havia jornalista que escrevia à mão. O linotipista pregava o papel numa presilha à frente do teclado e digitava com a pressa que o trabalho exigia e o resto ficava por conta do impressor na velha Catarina, afinal, o jornal tinha de circular no dia seguinte. Quem não acredita é só passar aqui na frente do Correio Cacerense e lá está um exemplar do velho linotipo, quando no antigo modelo de impressão, as letras eram gravadas em relevo numa telha de ferro fundido e depois afixada nos cilindros da rotativa para a impressão do jornal. A velha rotativa também deu lugar às modernas Off Set, é o modernismo que revoluciona o mundo, mas não substitui o principal, o homem, o profissional e no caso, o GRÁFICO, que recebe neste 7 de fevereiro, a nossa especial saudação pela efeméride.
fonte: Da Redação
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