Rua da Amargura
Data:13/05/2022 - Hora:13h01
Reprodução Web
Até parece linha musical de sofrência, mas este introito retrata bem para onde estamos indo neste primeiro semestre de 2022, sem perspectivas de melhoras para o restante do ano, infelizmente. Veja o leitor, que a sobrevivência tupiniquim, se torna a cada semana mais refém do escorchante custo do básico. Claro, que nos referimos ao necessário do cotidiano, os preços da cesta básica e os combustíveis, trocadilhos a parte, o carro chefe da economia. Tudo isso tem um nome: inflação, que segundo o pai dos burros, o nosso Aurélio, é o aumento dos preços de bens e serviços e que resultam na redução do poder de compra da moeda, consoante a medição pelos índices de preços. São vários os IPC,s usados pelos economeses do poder, nenhum entretanto, refletindo o real índice medido no carrinho ou cesta de mercado da dona de casa, dos Peg Pags da pátria amarga Brezil. Mesmo porque a inflação medida pelos governantes, escamoteia os aumentos das gôndolas de supermercados e feiras, sempre abaixo do pago no caixa, com certeza porque nunca fizeram o rancho, ou por má intenção. Note o leitor que enquanto o IGP calculado pelo Fundação Getúlio Vargas em abril último foi de 2,48%, o de março, 1,18% e o de 2022 está projetado para 7,63%, até agora, com estimativas de 15,65% nós 12 meses deste ano, o Banco Central, assinala a metade disso, apenas, 7,16% de inflação em 2022. Convenhamos, ambos índices furados, se comparando com os índices atuais, conforme o básico do dia a dia: o tomate (pomod’oro) ou, fruto de ouro em italiano faz jus a tradução, com reajustes de 24,78% este ano, comprado entre 10 e 12 reais o quilo; o mamão, que dá até em barranco, fica entre 9 e 14 reais o kg; a cenoura pra fazer até coelho ficar com raiva, ao preço de 10 pilas o quilo; a cebola nem precisa cortar pra chorar, custando até 15 reais o quilo; o açúcar amargo no preço dobrado chegando a 5 pilas o kg; carnes, de segunda a domingo, artigo de luxo, cerca de um dia de salário mínimo o quilo, um absurdo e por aí vai o estrago no bolso. Resumindo, a cesta básica consome dois terços do salário mínimo, que ratifiquemos, não é de R$ 1. 210,00 e sim, de R$ 817,00 se descontarmos cerca de 33% de impostos retidos na compra da cesta básica e afins, retornando ao erário, com mínimo de retorno ao cidadão. E aí, como fica a conta de luz, da água, do aluguel, da farmácia, da gasosa do usado? No rango, a mistura só, comidas japonesas e russas, ou seja, Sobradonte ou Roscovo, que depois de pago o essencial, nem moedas sobram no bolso. Lembram das promessas de campanha de 2018? Bujão de gás a 70 reais, imposto de renda só pra quem tivesse salário acima de 5 mínimos? Pois é provado depois que 40 meses, apenas um engodo caça votos, uma dica pra quem não tem memória curta, saber votar em outubro próximo, elegendo sobretudo no congresso nacional, deputados e senadores, políticos que nos representem, já que o executivo no Brasil, sempre esteve refém do legislativo nas decisões. Quando o leitor ver na TV as pesquisas, que fulano está ganhando, que sicrano pode ganhar, muitas delas fakes, pense na pesquisa diária e real, aquela que registra a sua perda na compra do básico. Semana passada, pesquisa do IBGE, registrou nas gôndolas dos supermercados do patropi, 225 ítens, acumulados no primeiro quadrimestre do ano, em 4% de inflação. Triplique o índice, amigo, pois é o que registra o nosso amargo cotidiano. Concluindo, a gente continua pagando o luxo, as regalias, as benesses, as extravagâncias perdulárias de politiqueiros ociosos, omissos e bom vivant, em Brasília, até quando? Não por acaso, o impostômetro acusou ontem mais de um trilhão de reais arrecadados pelo governo, dinheiro nosso, do Seu Zé, da Dona Maria, do pai de família, da dona de casa, dos assalariados, subempregados, desempresários, enfim, de nós, até quando? Pois é!
fonte: Da Redação
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