Inflação: De quem é a Culpa?
Data:30/03/2022 - Hora:07h08
Reprodução Web
Como diria o caipira, do jeito que tá a gente não véve, o salário diminói e os preço só que armenta, o trem anda cosquento mermo. E não temos o direito de discordar, sobretudo depois que inventaram duas armações do capeta, as etiquetas e maquininhas de remarcações de preços e sem exagero, esses abusos dão rasteira nos índices do governo, basta dar uma visita a mercados, açougues, padarias e os cambaus. Pois bem, quando falamos sobre a inflação no Brasil, referimo-nos majoritariamente à inflação baseada no índice de preços ao consumidor, ou seja, IPC. O IPC brasileiro reflete a evolução dos preços de um pacote de produtos e serviços padrão que as famílias no Brasil adquirem para consumo. Para determinar a inflação, compara-se percentualmente o nível IPC de um determinado período em relação ao nível do período anterior. Havendo uma descida dos preços estamos então perante deflação (inflação negativa). Continuemos nos papos técnico-econômicos. Pois bem, segundo dados do IBGE, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, fechou 2021 a 10,06%, sob forte influência dos preços dos combustíveis. Esse é o maior nível para um ano desde 2015, quando foi de 10,67%. Em 2020, a inflação foi de 4,52%. O resultado ficou bem acima do centro da meta estabelecida pelo BC (Banco Central) para o ano passado, que era de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Em dezembro, a inflação foi de 0,73%, abaixo da taxa de 0,95% registrada em novembro. Em dezembro de 2020, a variação havia sido de 1,35%. Em conjunto, transportes, habitação, alimentação e bebidas responderam por cerca de 79% da inflação de 2021. O grupo vestuário (10,31%) fechou o ano com a quarta maior variação entre os grupos. O resultado da inflação de 2021 foi influenciado principalmente pelo grupo de transportes, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 pontos percentuais) no acumulado do ano. De acordo com o gerente do IPCA, Pedro Kislanov, a categoria foi afetada principalmente pelos combustíveis.
A inflação do ano passado também foi puxada pelo grupo habitação (13,05%). De acordo com o IBGE, a alta foi influenciada pelo aumento da energia elétrica (21,21%). Desde setembro de 2021, está em vigor a bandeira tarifária escassez hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Já o gás de botijão (36,99%) subiu todos os meses de 2021 e teve o segundo maior impacto no grupo. Só para o leitor ter uma ideia, a inflação em 2021 na Alimentação e bebidas foi de 7,94%; na Habitação: 13,05%; Artigos de residência: 12,07%; Vestuário: 10,31%; Transportes: 21,03%; Saúde e cuidados pessoais: 3,7%; Despesas pessoais: 4,73%; Educação: 2,81% e Comunicação: 1,38%. Só por Deus, que pobre vive mesmo pela misericórdia, isto sim, e olha que a constituição assegura que o salário mínimo deva suprir despesas básicas como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Letra morta, quando se sabe que mal dá para o trabalhador manter alimentação e moradia, quer dizer, saúde: pras cucuias, educação: nem pensar, higiene: artigo de luxo, transportes: no pé dois mesmo e lazer: assistir a pelada no campinho de futebol, quando muito ver a telinha da plin plin. Sabem quem é o culpado? A resposta está na ponta da língua, o governo, o presidente, o governador, Santa Ignorância. A inflação é geralmente um fenômeno complexo, que pode ser impulsionado por diferentes fatores. Ela pode se espalhar pela economia em diferentes intensidades, atingindo perfis variados de produtos e consumidores. O aumento de preços também pode ter diferentes motivos por trás dele a depender da época, e pode ter remédios diferentes. Os governos podem ter uma parcela de responsabilidade, mas dizer que a responsabilidade pela inflação é só dele é não entender o funcionamento do sistema econômico. Vai muito além, a inflação é um termômetro de que há algo errado no sistema econômico, e a culpa é de todos. A empresa que aumentou o preço é culpada, o comércio que remarcou os preços, o proprietário de um imóvel que reajusta o aluguel pelo IGP-M (índice de inflação geralmente usado em aluguéis) em mais de 30% também é culpado. Mas ninguém se sente culpado por ela e joga a responsabilidade somente no Governo, né mesmo? Bom Dia... (Com informações: IBGE/Uol)
fonte: Da Redação
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