Justiça Social
Data:22/02/2022 - Hora:07h40
Reprodução Web
No domingo, (20) o calendário registrou o Dia Mundial da Justiça Social, e, apesar de parecer fácil o significado da palavra, bastando ver a questão constitucional em nossa Carta Magna, ou seja, que ela parte do princípio que todos os indivíduos são iguais em direitos e deveres, como, educação, saúde, trabalho, moradia, liberdade de expressão, etc, a realidade é outra totalmente adversa, quanto a distribuição aos cidadãos. No contexto educação, as ditas reformas mais pra remendos, pouco ou quase nada veio a servir, sobretudo quando contesta pedagogos da têmpera de Paulo Freire, Montessori, Piaget, etc, além de menosprezar os professores. A saúde, não é segredo pra ninguém, continua na UTI do descaso pelos governantes, gente que paga 35% em impostos e agoniza nas filas de postos, UPAs e hospitais. No tocante a trabalho, somos mais de 13 milhões de pais de família, jovens e adultos, reféns do desemprego e outro tanto sobrevivendo na informalidade do subemprego. Moradia, sonho pesadelo de milhões de sem teto em barracos e ou zanzando pelas ruas e praças, pois não tem como pagar alugueres na miséria em que vivem. A livre manifestação contra os abusos de poder, se esbarra em truculência de uma pressão de um artigo que preconiza o tal desacato a autoridade. São detalhes que nos leva a questionar a tal Justiça Social, pela falha aplicabilidade. Tudo bem que o Dia Mundial da Justiça Social é praticamente recente, se comparado a outras efemérides, data de 2015, há apenas cinco anos de sua instituição pela ONU, visando conscientizar a sociedade sobre a igualdade entre os povos, bem como o respeito a diversidade. Recapitulando, ela nada mais é que um mecanismo para assegurar a todo cidadão os seus direitos às liberdades políticas, dentre outras básicas do cotidiano, oferecendo transparências nas esferas públicas e privadas. Embora recente, a Justiça Social, remonta meados do século XIX, quando se discutia que se a justiça é cega, a social deve tirar-lhe a venda dos olhos, para ver a realidade e compensar as desigualdades que nela produzem. Neste sentido, se a justiça comutativa se aplica aos iguais, a social corresponderia a justiça distributiva, aplicando se aos desiguais. Segundo o filósofo liberal John Rawls, a justiça Social, deve garantir as liberdades fundamentais a todos, já que ela parte do princípio de que todos são iguais em direitos e deveres. Caindo na real da atual situação, conclui se que mesmo codificada em leis magnas de repúblicas ditas democratas, com exceções de alguns magistrados e representantes do parquet, alguns governantes honestos, a Justiça Social ainda é utópica, em termos de aplicabilidade. O desrespeito de alguns governantes e instituições para com os cidadãos humildes, contradiz a teoria da Justiça Social, que nesta prática, é omissa quanto aos direitos e madrasta na cobrança dos deveres aos filhos da pátria amarga.
fonte: Da Redação
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