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Parafraseando o escritor gaúcho Luiz Fernando Veríssimo e seu Beleléu, fronteiriço de Cucuias e Raios-Parta do Norte, depois de cruzar Sete Cancelas onde o Judas perdeu as botas, cruzando por Cafundó, transpondo o caudaloso Rio Seco, onde jacaré nada de costas com medo das piranhas, a gente chega em Pindaíba, onde a vaca foi pro brejo. Eita lugar bom pra burro, e, bota burro nisso, que na casa da Mãe Joana, ninguém mata dois leões com uma só cajadada com receio do Ibama, cachorro vive no mato sem dono e a cupinzada chegou primeiro que o Iphan e tombou quase tudo, a começar pela economia da emergente Corruptópolis. Nem a greve dos bêbados em protesto contra os reajustes do etanol, fez o álcool automotivo baixar de preço e como não existe pé fofo flex, estão culpando o álcool gel da pandemia pelo aumento do líquido inflamável. A gasolina e o diesel vão no vácuo do gás de cozinha e vice-versa, gerando a hiperinflação. No rol dos culpados, o marco temporal dos índios, a Venezuela boicotada pelos gringos e nem a Covid com mais de 607 mil mortos escapa, acusada de provocar lockdowns. Sátiras a parte do preambulo introdutório, não precisa ir muito longe no imaginário, quando o despertar de cada dia nos revela os pesadelos cotidianos de nossa faketícia real Corruptópolis, pátria amarga, da qual muitos filhos, (politiqueiros) fogem a mãe gentil, alheios ao povo heroico sem brado retumbante, e, eles são a maioria nos palácios do poder. São os tais gastadores perdulários do nosso suado bererê, retido na fonte via impostos bilionários. Desculpas esfarrapadas dos economeses empoderados para justificar a hiperinflação, o alto custo de combustíveis e cesta básica, não prosperam diante da análise técnica, face à fake realidade, que parte da grande mídia tenta escamotear. Veja o leitor que na vizinha Venezuela o dólar vale 4 bolívares e 17 centavos e aqui no reino tupiniquim, o câmbio do dólar oscila entre R$ 5,50 a R$5,70. Voltando aos reajustes desenfreados dos combustíveis, fontes do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Desenvolvimento Socioeconômico) e ANP, apontam que de 2016 a 2021, a gasolina subiu 107,7%; o diesel, 92,1%; o GLP (gás de cozinha) 287,9%. No mesmo período quinquenal, o governo diz que a inflação foi de 25,4%; Óbvio  que a inflação real, aquela da dona de casa no caixa do supermercado dobrou, chegando aos 50% neste quinquênio mostrado. Neste cenário sombrio, o povo levou no lombo mais de 50% de prejuízo no tocante ganho/gasto. Não por acaso ao penhor das desigualdades, mais de 20 milhões de brasileiros sobrevivem na miséria sem conseguir conquistar a dignidade cidadã. Veja o leitor que as distorções reais, criou os desempresários e conseguiu desempregar os desempregados do subemprego, os motoristas de Uber, reféns dos reajustes dos combustíveis. Concluindo, só falta agora no final do ano, os irresponsáveis barões da economia patropi, culpar Papai Noel pela quebradeira nacional, geradora da inflação, desempregos, carestia e demais mazelas atuais. Da covid, já estamos vacinados, a maioria com duas doses, faltando a de reforço, claro, contra o vírus corruptite, que entubou a economia geral e nela, as consequências sentidas no bolso da gente que trabalha sério pagando 35% em impostos retidos na fonte, ganho/gasto. 

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