Guerreiras do Cotidiano
Data:09/03/2021 - Hora:07h50
Reprodução Web
Enfrentando diversas discriminações e adaptações em relação aos afazeres puramente femininos, como cuidar de casa e da família, a mulher conseguiu superar suas dificuldades e ainda administrar seu tempo a favor de suas atividades, para que as questões familiares não entrem em conflito com questões profissionais e sociais. Neste 8 de março de 2021, passados 111 anos que uma conferência na Dinamarca decidiu que o dia seria consagrado ao Dia Internacional da Mulher e apenas 46, que um decreto da OBU oficializasse a data, nunca é tarde para com ênfase especial, a gente render justas homenagens à estas rainhas do mundo. Voltando na história, no Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve, ocupando a mesma para reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho. A manifestação foi reprimida com total violência, as mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada e cerca de 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. O dia 8 de março ficou como símbolo da garra feminina e um réquiem àquelas vítimas, mas passados 157 asnos desta tragédia, as mulheres ainda são alvo de grande discriminação por aqueles que ainda acreditam que lugar de mulher é no fogão. Por isso enfrentam o grande desafio de mostrar que apesar de tida como frágil é ainda forte, ousada e firme na tomada de decisões, quando necessário. Prova disso é que as mulheres têm marcado as últimas décadas mostrando que competência no trabalho, o bastante para encarar os desafios propostos pelo mercado de trabalho com convicção e disposição. A fragilidade da mulher, ou melhor, a sensibilidade da mulher, tem grande colaboração nas influências humanas que se tenta propagar na atualidade, pois, como se sabe, o mundo passa por transformações rápidas e desastrosas que precisam de mudanças imediatas. A mulher consegue transmitir a importante e dura tarefa de mudar hábitos com a clareza e a delicadeza necessária para despertar o envolvimento de cada indivíduo e a importância da mudança de cada um. O avanço feminino frente à política e à economia mostra a força da mulher em perceber e apontar os problemas tendo sempre boas formas de resolvê-los assim como os indivíduos do sexo masculino, o que evidencia o erro de descriminar e diminuir o sexo feminino privando-o a apenas poucas tarefas domésticas. Podemos citar fatos marcantes para a ascensão da mulher como a revolta do sutiã, a institucionalização da delegacia da mulher, a Lei Maria da Penha, figuras como Leila Diniz, Simone de Beauvoir e mulheres que bravamente administram seus lares e trabalho, sendo mães e pais, trazendo igualdade entre os gêneros. Infelizmente diante de tantas e justas conquistas, o ranço machista ainda persiste e uma triste realidade, estampa no cotidiano, as marcas da violência atual contra as mulheres. Dados constrangedores apontam que muitas mulheres morrem no Brasil pelo simples fato de ser mulher. O feminicídio, como é chamado o assassinato decorrente de conflitos de gênero, apresentou em 2019, um crescimento de 7,1% em relação a 2018, sendo registrado 1.326 novas vítimas. Desse número, 66,6% eram mulheres negras, 56,2% tinham entre 20 e 39 anos e 89,9% foram mortas pelo companheiro ou ex-companheiro. Na santa paz delas, queremos concluindo nossas considerações, externar nossas sinceras homenagens a todas as mulheres cacerenses. Parabéns, hoje e sempre, pois no dia após dia, com pequenos gestos, palavras e atenções que nascem do coração, vocês traçam sendas de esperança para um hoje superior ao ontem e inferior ao amanhã.
fonte: Da Redação
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