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Sexta-feira, 05 de Julho de 2024
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Pesquisa da Unemat avalia dados de Covid-19 na região de Cáceres
Data:26/02/2021 - Hora:06h32
Pesquisadores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e do Escritório Regional de Saúde de Cáceres divulgam nota técnica conjunta, em que avaliam dados de Covid-19 na região de Cáceres, considerando os parâmetros propostos pela Fiocruz. O documento apresenta um conjunto de indicadores, que vão desde a capacidade de atendimento do sistema de saúde e o perfil epidemiológico (como transmissão comunitária, taxa de contágio, disponibilidade de leitos, redução de óbitos, taxa de positividade). A análise foi realizada para Cáceres e os 12 municípios que integram a região Oeste de Mato Grosso. Entretanto, o material pode nortear estudos semelhantes para diferentes locais. A nota técnica foi desenvolvida por uma equipe multidisciplinar, que inclui 12 pesquisadores das áreas de Enfermagem, Biologia e Farmácia, e integram o projeto de pesquisa intitulado “Covid-19: cenário na região Oeste de Mato Grosso”, institucionalizado pela Unemat. Indicadores de Avaliação REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO COMUNITÁRIA Essa analise considera o número de casos de Covid-19 na Região Oeste de Mato Grosso por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, de acordo com a data de notificação. TAXA DE CONTÁGIO A taxa de contágio é a capacidade de um caso positivo contaminar outras pessoas. Ela é expressa pelo valor de R0 e deve ser inferior a 1, chegando a um ideal de 0,5 (quer dizer, cada pessoa contaminada transmitiria a menos de um), por um período de pelo menos 7 dias. Observou-se uma tendência de queda na Taxa de Contágio nas últimas semanas e o valor taxa de contágio encontra-se abaixo de 1, na região. Entretanto, os números podem estar subestimados. “Atualmente, seja por sobrecarga dos serviços ou questões organizacionais, muitos casos ainda não foram registrados, mascarando as análises”, avaliou a enfermeira Antonia Maria Rosa, professora da Universidade do Estado de Mato Grosso, com doutorado em Ciências da Saúde.
CAPACIDADE DE INTERNAÇÃO Os leitos pediátricos para Covid-19 estão concentrados em Cuiabá, sendo necessária transferência dos casos que demandam internação. Nesta semana (15/02), dentre os 15 leitos disponíveis de UTI pediátrica no estado de Mato Grosso, 3 estavam bloqueados e 6 estavam ocupados (50% de taxa de ocupação). No interior, 100% dos leitos de UTI adulto e 100% dos leitos clínicos estavam ocupados nesta mesma data, no único hospital da região Oeste que atende Covid-19, localizado em Cáceres. “Diante da lotação de leitos, os pacientes que necessitarem de internação, deverão ser encaminhados para referências em outras regiões como o Hospital Vale do Guaporé localizado em Pontes e Lacerda ou para Cuiabá”, disse Antonia Maria Rosa. Ou seja, a região não atende ao critério para liberação das escolas quanto à disponibilidade de ao menos 25% dos leitos.
NÚMERO DE ÓBITOS Para ser incluído na faixa verde, considerada como de risco muito baixo, deve haver uma redução de 20% ou mais dos casos de óbitos comparando a semana finalizada com duas semanas anteriores, segundo Instrumento de Avaliação de Risco para a Covid-19 (Conass/Conasems). Até o fechamento da semana 6 (que vai de 7 a 13 de fevereiro), a proporção de óbitos apresentou um acréscimo de 9% na região Oeste.
TESTES POSITIVOS No que se refere ao indicador que avalia porcentagem de testes positivos nos últimos 14 dias, a região Oeste está classificada como elevadíssimo risco de transmissão nas escolas. Conforme se observa no gráfico, a proporção de 34% de número de exames positivos se enquadra na categoria vermelho da classificação proposta pela Fiocruz. Se esse valor estiver maior que 10% deve ser enquadrado como “elevadíssimo risco de transmissão nas escolas”. Além dos indicadores primários relacionados à taxa de contágio do vírus e capacidade de testagem pelo sistema de saúde, os pesquisadores dizem que é importante analisar também a capacidade da escola para implementar 5 estratégias principais de mitigação. São elas: Uso correto e constante de máscara; Distanciamento social o máximo possível; Higiene Respiratória e das mãos; Limpeza e desinfecção do ambiente e Rastreamento de contatos em colaboração com os departamentos de saúde locais. “Basear-se na premissa de que esse retorno não vai gerar aumento do número de casos de Covid-19, sem a devida contextualização do panorama epidemiológico local, constitui-se um risco”, avaliam os pesquisadores. fonte: Danielle Tavares » COMENTÁRIOS
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