Vacina Coronavac começa a ser testada em Mato Grosso
Data:10/10/2020 - Hora:09h32
Em Mato Grosso HUJM é o centro de testagem (Foto: Divulgação)
Em Mato Grosso foi dado o ponta pé inicial para testagem da vacina identificada como Coronavac, do laboratório Sinovac Life Science. A operacionalização do estudo ProfisCOV é conduzida pelo Instituto Butantan e pelo Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), como centro aplicador. O projeto de testagem está sendo executado pelo Instituto Butantan em 16 Centros de Estudos espalhados em sete estados brasileiros e visa a testagem em cerca de 13 mil profissionais em todo Brasil.
Nesta primeira fase em Mato Grosso, receberão a vacina os voluntários profissionais de saúde, que estejam trabalhando na assistência à Covid-19, incluindo médicos, enfermeiros, bioquímicos, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, dentistas. Desde que tenham registro em conselho de classe (exigência da Anvisa) e idade acima de 18 anos, desde que esteja atuando na atenção a pacientes com Covid-19. A meta em Cuiabá é de realizar a testagem em 800 profissionais de saúde.
O gerente de Atenção à Saúde do HUJM, Cassiano Moraes Falleiros, recebeu a gerente de Operações Clínicas do Instituto Butantan, Ana Paula Batista e o coordenador local do ProfisCOV, professor Cor Jesus Fontes, para iniciar o estudo.
“Esta iniciativa reforça a importância da articulação interinstitucional, aliando assistência e pesquisa, que convergem para promover soluções para a sociedade”, afirmou o gestor.
Por sua vez, a superintendente do HUJM, professora Elisabeth Aparecida Furtado de Mendonça, agradeceu a confiança depositada na instituição. “O Instituto Butantan tem atuado em parceria com o HUJM desde a vacina contra a dengue, consolidando o hospital como referência em pesquisa”, pontuou.
A primeira voluntária a receber a dose foi a médica infectologista do HUJM, Giovana Volpato Pazin Feuser. “Estou muito satisfeita em participar desse processo, tanto na perspectiva da área da Saúde como no exercício da cidadania. Senti-me muito segura com a confiabilidade dos procedimentos, que é referendada pela expertise do Butantan”, concluiu.
Metodologia e acompanhamento
Cada voluntário receberá duas doses da vacina. A primeira no dia da inclusão na pesquisa e a segunda, entre duas a três semanas após. Como será um ensaio randomizado, a probabilidade de receber placebo será de 50%, em relação 1:1, em estudo triplo cego. Nenhum evento adverso grave de relevância foi registrado.
O Instituto Butantan disponibilizará aos voluntários um aplicativo onde cada profissional poderá manifestar o interesse de participar. Tão logo manifeste o interesse, o voluntário será agendado para um determinado dia e horário.
O tempo de seguimento, com ligações telefônicas, envios de mensagens e avaliações clínico-laboratoriais periódicas deverá ser de 12 meses após a vacinação.
fonte: Redação com Assessoria
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