Em Cáceres, monitoramento da marinha revela Rio Paraguai em nível dramático

Data:18/09/2020 - Hora:08h24

Na praia do Daveron é possível atravessar o rio a pé (Foto: Ronivon Barros)

O longo período de estiagem, que já ultrapassa mais de 100 dias, castiga o rio Paraguai, que banha o pantanal de Mato Grosso. Nesta quinta-feira (17), segundo aponta a Agência Fluvial de Cáceres, responsável pela medição, o rio atingiu a marca de 56 cm. Em comparação ao mesmo período do ano passado, está 30 cm mais baixo.

A baixa profundidade possibilita que os banhistas atravessem, de um lado para outro do rio, a pé na praia do Daveron – Baía dos Malheiros.

Considerado o maior rio da Bacia Hidrográfica do Paraguai, diante desse cenário o rio já não apresenta em muitos trechos condições de navegabilidade. Ouvido pelo Jornal Correio Cacerense, Estanislau Geraldo de Carvalho, comandante da Agência Fluvial explicou que esse nível baixo do rio oferece perigo para a navegação, pelo aparecimento de bancos de areia, os quais podem provocar o encalhe da embarcação e até acidentes, que podem levar a morte de pessoas como aconteceu em 2019.

De acordo com Carvalho, os condutores de barcos devem conhecer o calado (altura entre o nível da água e a parte externa mais baixa da embarcação) e a menor profundidade do trecho onde irá passar, para verificar se será possível navegar com segurança.

“Nesse período recomendamos aos condutores de embarcações evitarem a navegação noturna em locais onde o nível do rio é crítico, se o fizerem, que a atenção seja redobrada”, finalizou.