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De repente a tchurma se arrepiou e ripa em shomanos de pelo fofo, que o lockdown deixou muita gente braba, uns ignorando o perigo, outros, com $$ nas pupilas, de olho na calculadora como se a vida não valesse nada, esquecendo que caixão não tem gaveta. Para os Tomés, a realidade é bruta, já são onze a soma dos mortos pela maldita corona aqui em Cáceres, com mais de 260 casos confirmados e mais de 27 contaminados internados na city. Brinca com o trem doido, vai prá rua, o clima está prá lá de contagiante, ou é mais cômodo fazer vistas escuras às 533 mortes no Estado. Se as autoridades não frearem a tchurma, o bicho fica mais cosquento ainda, sendo, portanto, injustificáveis as críticas ao prefeito e a secretária municipal de saúde de Cáceres. Se eles assim agiram foi em extrema ação, já que no Brasil (e Cáceres é Brasil), notificações, conselhos, campanhas e advertências, não bastam. Os espertinhos sabem como furar portarias, achar bréchas, burlar fiscalizações e os cambaus. Se algumas lojas foram alvo de constrição na cidade, obviamente porque seus donos estavam no rol dos folhados, desrespeitando as leis, cujo objetivo fundamental é evitar que outras mortes aconteçam, afinal, não temos UTI's sobrando, médicos e enfermeiros(as), se coçando em hospitais. Nem aqui nem alhures, que a pandemia ainda nem chegou ao pico no patropi. Aqui no jornal, a gente vai se virando nos 30, rebolando (no bom sentido) para manter os compromissos, sabemos quão é difícil equilibrar o orçamento, planejar as despesas com a explosão dolarizada dos preços, contabilizar dividendos e divisores, para chegar ao cociente, que é nosso leitor, anunciante e assinante, porque o resto é resto, e vivos, recuperaremos parte dele. Sabemos que não é fácil assimilar a realidade, aconselhar o próximo, que nem todos encaram o perigo atual em cada esquina. Esta, entretanto, é a missão da imprensa e dela jamais nos omitimos. O momento é de reflexão, cautela, saber perder para ganhar, respeitar as leis que priorizam a vida. Confiar em Deus, que após a tempestade, depois da ambulância, deve vir a bonança. In-fine, uma forma de comemorar o Dia da Mídia registrado ultimo (21) no calendário e nesta difícil atualidade, ratificar nosso compromisso com a vida, que não tem preço. Bom Dia, com álcool gel, máscara e isolamento social.

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