Pastores se posicionam contrários a Carta Aberta divulgada pela OMEC em Cáceres
Data:08/05/2020 - Hora:07h27
Cultos estão suspensos em Cáceres (Foto: Ilustrativa)
Com a suspensão das atividades em templos religiosos em Cáceres, medida adotada em Decreto pelo Prefeito Francis Maris Cruz, como contenção ao avanço do novo coronavírus, o presidente da OMEC, Ordem dos Ministros Evangélicos de Cáceres, pastor Alexsandro Pereira das Neves publicou em redes sociais Carta Aberta endereçada ao prefeito contestando a suspensão das atividades religiosas e protestando contra a ação da fiscalização, bem como falas públicas do prefeito veiculadas na imprensa, relativas ao fechamento das Igrejas.
O documento é pautado no artigo 5º da Constituição Federal que assegura: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.
Diante da divulgação da Carta, pastores de várias outras denominações se posicionaram contrários a manifestação da OMEC e enviaram notas a imprensa e redes sociais.
Denivaldo Rugino Bento, pastor da Igreja Presbiteriana Talhamares e Reverendo Cícero Meyer Vassão Filho, pastor da Primeira Igreja Presbiteriana em Cáceres, esclarecem que respeitam a autonomia dos ministros membros da OMEC, porém essa decisão em nome dos ministros evangélicos de Cáceres, mesmo não fazendo parte da OMEC, nos envolve indiretamente. Outro ponto comentado pelos pastores é que em momento algum foram consultados e que não compartilham do mesmo entendimento quanto a essa decisão e por fim afirmam continuar submissos as autoridades constituídas.
A Igreja Evangélica Assembleia de Deus Nova Aliança (ADNA Cáceres) apresenta sua intenção e vontade de colaborar com as autoridades nacionais, estaduais e municipais para o controle da pandemia do COVID-19 e, esclarece que: esse não é o momento para enfrentamentos entre Poder Público e instituições religiosas e, sim, hora de unir forças para vencer o vírus de forma rápida e com as menores perdas possíveis de vidas humanas; Afirma que continuará transmitindo seus cultos através de “lives” nas redes sociais, como já o faz há mais de cinco anos. Por fim, reitera estar à disposição do poder público, sem nenhum ônus, para a construção de um hospital de campanha no seu templo principal caso o número de infectados extrapole a capacidade de atendimento nos hospitais da cidade.
O Pastor Gerson Ladeia de Faria, da Igreja Presbiteriana Renovada de Cáceres – IPRC, em nota informou que não faz parte da OMEC, bem como não compactua com orientações emitidas pela organização a respeito do retorno de reuniões em templos, contrariando o Decreto Municipal. Esclareceu ainda que todas as suas reuniões presenciais estão suspensas, em respeito as orientações das autoridades competentes do município.
fonte: Da Redação
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