Baixo preço do leite azeda economia dos produtores
Data:14/03/2018 - Hora:08h33
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Apesar do cenário baixista, nota-se uma reação na demanda no varejo, com alguns produtos registrando aumento de preço, o que pode ser um sinal da recuperação.
Em janeiro de 2018, o preço do leite pago ao produtor em Mato Grosso amargou a sétima queda consecutiva, sendo cotado a R$ 0,90/l, recuo de 2,17% ante dezembro de 2017. Essa pressão tem desestimulado a produção no campo e, mesmo com bons volumes de chuvas ocorridos no Estado, o nível de captação recuou 2,91% em janeiro de 2018 ante ao mês anterior.
Na indústria, o desequilíbrio entre a oferta e a demanda continuou pautando o mercado, pois a produção atual de derivados não tem sido absorvida, principalmente devido às férias escolares. Assim, para não gerarem volumes altos de estoque, as indústrias optaram pela redução de preços, e alguns agentes preferiram não produzir alguns produtos de menor liquidez.
Apesar deste cenário baixista, nota-se uma reação na demanda no varejo, com alguns produtos registrando aumento de preço, o que pode ser um sinal da recuperação econômica, visto que o PIB brasileiro cresceu 1% em 2017 ante 2016.
Quem tem sentido muito esses impactos é a agricultura familiar. A cadeia do leite é a principal atividade dos pequenos produtores de Mato Grosso, que reúne perto de 140 mil famílias. Cerca de 70% das atividades produtivas das pequenas propriedades é o leite.
“O que acontece nessa cadeia assim como qualquer outra cadeia você tem que melhorar sempre a performance e aumentar a qualidade da produção, aumentar em volume e em escala e melhorar em qualidade. Essa é a sina do leite. Quando é época de muito leite, o preço cai porque tem o aumento da oferta no mercado. Já na época da seca, o preço sobe porque tem pouco capim, o bicho tem pouco que comer, o leite fica escasso e o preço sobe. É preciso investir em pastagem para que ele possa organizar a produtividade dele e na época da seca ter pasto disponível para não cair a média de produção do leite. É esse o desafio de melhoramento de tecnologia do leite”, avaliou o secretário de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), Suelme Fernandes. (Fonte Débora Siqueira)
fonte: Agro - Noticias com Redação
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