Leite A2: nova tendência no mercado para consumidores e produtores rurais em Cáceres
Data:09/11/2023 - Hora:22h57
Empaer
O leite A2 é uma nova tendência que vem gerando o interesse de pesquisadores, produtores e consumidores do setor de laticínios. Sendo já uma realidade no mercado brasileiro. Para o consumidor, o produto é uma opção mais fácil de digerir, enquanto para produtores e indústrias, representa uma chance de agregar valor à matéria-prima e se destacar no mercado.
O leite A2 é o leite de uma vaca que contém a B-caseína de genética A2A2. A forma A1 surgiu devido a uma mutação genética no rebanho bovino em torno de 5 a 10 mil anos atrás. O leite comercialmente disponível geralmente é uma mistura de variantes A1 e A2. Embora sejam semelhantes em termos nutricionais, a B-caseína A1 forma no intestino um peptídeo conhecido como BCM-7 que causa reações adversas nos seres humanos, predispondo ao desenvolvimento de alergia a proteína do leite. O BCM-7 também é estudado na medicina, pois parece implicar em outros distúrbios clínicos.
Já o leite A2, não forma este peptídeo, não apresentando nenhum efeito clínico nos seres humanos, ou seja, um alimento de melhor digestão, ajudando pessoas com reações alérgicas a proteína do leite. É uma alternativa principalmente para indivíduos que reportam desconforto gastrointestinal por consumo de leite de vaca não associado à lactose.
Considerado um nicho novo de mercado, com valor agregado, os produtos produzidos a partir deste leite de genética original: leite A2, queijos A2, iogurtes A2, coalhada A2 é a novidade que já ganha espaço junto a produtores rurais em Cáceres, que podem com o auxílio da Empaer, fazer exame genético das vacas e saber quais são os animais que produzem o leite A, sendo que as raças zebuínas geralmente possuem maior frequência.
Atualmente o produtor tem a possibilidade de selecionar o rebanho para que todo o leite produzido seja deste tipo. Hoje já existe o selo Vacas A2A2 em produtos que garantem a rastreabilidade através de certificação.
Em Cáceres, na comunidade Paiol, duas famílias resolveram investir e fazer as análises genéticas em 24 vacas. A decisão primeiramente foi adotada buscando um leite que não causasse desconforto a uma criança da família que estava com intolerância à proteína do leite.
Todo o acompanhamento foi realizado junto aos técnicos da Empaer que auxiliou na coleta de DNA, no envio e interpretação dos resultados laboratoriais.
Caso o produtor rural tenha interesse em testar seu rebanho é só procurar a médica veterinária da Empaer de Cáceres para esclarecimento de todo procedimento. (Com informações Empaer)

fonte: Da Redação
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