Professores da rede municipal em Cáceres continuam em greve e intensificam ações
Data:15/06/2022 - Hora:08h12
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Sem solução até o momento, a greve dos professores da rede municipal de ensino de Cáceres, já entra na segunda semana e sem previsão de retorno, com cerca de 9.500 alunos sem aula.
Entre as reivindicações dos professores está o pagamento imediato do Piso Nacional do Magistério. O índice nacional de reajuste é de 33,24%. Porém, no início do mês de março a prefeita antecipou 14,35% faltando 16,57%.
Além do Piso Nacional da Educação, a categoria também cobra o Profuncionário, que é um programa de valorização dos demais servidores das escolas, e o pagamento das horas atividades dos professores interinos.
A falta de proposta pela Prefeita Eliene Liberato, culminou em na convocação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais onde por unanimidade deliberaram pela greve, tendo o SSPM cumprido todos os requisitos legais.
Nas unidades escolares apenas os serviços essenciais estão funcionando. Guardas, diretores e coordenadores, bem como todos os terceirizados e parte dos servidores estão garantindo a manutenção das unidades. As aulas estão suspensas em quase todas as escolas.
No final de semana, os professores saíram as ruas com grito de guerra, chamando a atenção da população para a luta da categoria e nesta semana participaram da sessão ordinária da Câmara com cartazes recriminando a postura de alguns vereadores, relembrando o caso em que um aluno do IFMT na Tribuna Livre disse que os parlamentares deveriam usar “óleo de peroba”.
Outro Lado
Das pautas elencadas para deflagrar a greve, como principalmente o Piso Nacional do Magistério, a prefeita Eliene disse que apenas os profissionais do magistério nível médio não recebem o piso proporcional, porque a prefeitura não contrata profissionais com essa escolaridade, e que os professores com licenciatura com a carga horária de 30 horas semanais têm o salário inicial de R$ 3.712,86, o que ela alegou estar dentro dos valores estabelecidos pelo piso.
A prefeita disse que de janeiro a maio, a folha de pagamento dos profissionais da educação foi de R$ 6.556.042,44 milhões, e que o repasse do Fundeb foi de R$ 5.209.370,19, cabendo ainda ao município uma contrapartida de recursos próprios no valor R$ 1.346.672,25 milhão.
“Fora isso já estamos com 51,20% dos recursos da prefeitura comprometidos com a folha de pagamento e em alerta. É preciso governar com sensibilidade social e responsabilidade fiscal”, observou.
Eliene disse ser professora e que reconhece a importância da classe e que se pudesse daria o reajuste e o melhor salário de professores de Mato Grosso. “Entretanto, neste momento não posso conceder, além de ultrapassar os índices estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, iria comprometer os investimentos nos setores sociais, de serviços e de infraestrutura do município”, assinalou a gestora.
Ela disse que solicitou à categoria um prazo para o final do próximo quadrimestre, para avaliar os números da prefeitura e dependendo da melhora fiscal, poderia conceder reajustes.
Professores na Câmara Municipal
fonte: Da Redação
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