Reunião com líderes definiu data e metas para o Mutirão (Foto: Esdras Crepaldi)

Com data definida para o dia 17 de outubro, a prefeitura de Cáceres e parceiros realizam a 33ª edição do mutirão de limpeza do rio Paraguai. 

Um evento, que de forma coletiva, integra diferentes segmentos da sociedade cacerense, com o objetivo de limpar as margens, praias e áreas de acampamento de pesca no rio Paraguai e seus afluentes. 

A data e as estratégias a serem adotadas foram definidas em reunião no gabinete da prefeita Eliene Liberato, com a presença de representantes da Lanchas Araés, Marinha do Brasil, 2º Comando de Fronteira Jauru/66º BIMtz, Polícia Ambiental, Cruz Vermelha, Asatec, Autarquia Águas do Pantanal, além de várias entidades educacionais, ambientalistas e clubes de serviços. 

A exemplo de outras edições, a proposta é conscientizar a população, sobre os malefícios que a grande quantidade de lixo deixada ou despejada no rio Paraguai e seus afluentes, traz para o meio ambiente e principalmente para a fauna ictiológica dos rios da região. 

De acordo com os organizadores, são esperadas a participação de centenas de pessoas. Com relação ao número de embarcações eles aguardam a resposta de proprietários para terem um número exato. Sempre fazendo parte da comissão organizadora, o servidor público municipal e guia turístico Claudionor Duarte Correa, disse que este ano, por conta da pandemia do coronavírus, não garante que conseguirão realizar a área de coleta sempre estipulada de 50 km rio acima e 70 km rio abaixo, totalizando 120 quilômetros, mas que estão empenhados em atingir uma grande área. “Não sabemos ao certo quantas embarcações e coletores teremos à disposição, somente no decorrer dos próximos dias poderemos definir com exatidão qual a extensão da área de atuação da retirada de resíduos, mas o mais importante é que o evento aconteça e sua sensibilização também”, destacou Claudionor Duarte. 

Para o coordenador de Meio Ambiente da prefeitura de Cáceres Dário Diego Senn, o mutirão deve ser mais que um evento de coletagem de lixo, deve tocar fundo nas pessoas e conscientizar a população sobre a necessidade preservacionista e de sustentabilidade. “Esta ação ambiental é muito importante para a vida do rio Paraguai e para garantir às gerações futuras as mesmas oportunidades”, finalizou Diego.      

A título de informação em média a cada mutirão são retiradas cerca de 5 a 7 toneladas de lixo do rio e de baias num trecho de 150 quilômetros.  

O mutirão foi idealizado há 32 anos atrás pelo capitão tenente da Marinha do Brasil, Renato Thomas, hoje oficial da reserva e proprietário de embarcações turísticas, que mais uma vez também está à frente da preparação. “Esta é uma ação coletiva para preservar o rio Paraguai e garantir que esta riqueza no pantanal de Mato Grosso sobreviva. Todos que utilizam de alguma forma devem ter a responsabilidade de não deixar lixo no local” observou Renato. 

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