Em...Dependência
Data:07/09/2021 - Hora:08h37
Reprodução Web
Neste 7 de Setembro, pouca gente se atém ao fato de que abrimos caminho para o bicentenário da independência do Brasil, cujo brado retumbante segundo a tradicional história acerca do evento, se deu ás margens plácidas do riacho Ipiranga na mesma data daquele ano da graça de nosso senhor Jesus Cristo de 1822, libertando-nos de Portugal, ora pois. Modéstia à parte, com certeza somos o primeiro órgão de imprensa a lembrar desta próxima futura efeméride de tamanho vulto na história tupiniquim. Claro, que em 2022, o advento será bem explorado, afinal, teremos eleições e Copa do mundo em clima de mais flexibilização no que tange a pandemia, pelo menos esta é a expectativa geral. Por outro lado, já neste ano, temos um 7 de Setembro com inflação pulando os 8%, devorando os pequenos e médios trabalhadores, com gasolina a R$ 7,00 o litro, o gás de cozinha a R$ 120,00 o botijão, a energia elétrica com ágio sobre a bandeira vermelha, o arroz a R$ 20,00 o pacote de 5 kg, carne, nem pensar, a de segunda a domingo, frita dois dias do salário mínimo, por quilo. Na conta, a alta da cesta básica, de 29, 42% nos últimos 12 meses. Nem mesmo os médios empresários respiram tranquilos diante destas instabilidades e omissões dos poderosos, cite-se o alheio congresso custeado pelos nossos impostos a peso de ouro, só pra exemplificar. O que dizer de um sentimento patriótico-pátrio num 7 de Setembro sem independência do povo e mais de meio milhão de pessoas mortas pela Covid-19? Não por acaso, na semana passada banqueiros e grandes empresários se manifestaram em defesa de uma independência sem morte de nossa frágil economia, com um PIB inferior a 1%, quando nosso ex-governante Portugal fecha com um PIB de 4%. Só pra fechar também, historicamente esta data de 7 de Setembro, foi oficializada em comemorações como feriado na década de 1940, cerca de 120 anos após a emancipação patropi da coroa portuguesa. In-fine, sabiam que o Brasil pagou dois milhões de libras esterlinas pela sua independência? Este foi o preço estabelecido por El-Rei de Portugal pela alforria e como a gente não tinha bereré, a Inglaterra credora dos gajos de além-mar, pagou a nossa dívida, amortizando o débito lusitano. Trocando em miúdos, tornamo-nos independente, morrendo em dois milhões de libras esterlinas em débito com os bretões. Assim começou a nossa dependência, FMI e similares que muitos sabem de cór e salteado. Quanto a morte, as variantes estão pelaí, circulando e atropelando incautos sem máscara. Será que há clima para alguma comemoração?
fonte: Da Redação
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