Virada de Year Friday
Data:08/12/2020 - Hora:07h01
Reprodução Web
Sem querer ser pessimista, apenas realista numa análise nua e crua do year-and, ou seja, fim de ano que se aproxima, a gente vislumbra uma vela bruxuleante no fim do túnel, coincidindo com uma ash-friday (sexta cinza) no sentido estrito da data, que abre 2021, ano ímpar, numa sexta feira 1 de janeiro, na ressaca de um natal passado sem presente para muitos ausentes eternos da pandemia. Depois de nove meses da Covid-19, deixando quando não óbitos, sequelas em sobreviventes e no bolso da maioria, (excluindo-se, óbvio, os grandes especuladores da crise) o mês de novembro vai chegando ao fim, no crepúsculo gestacional de eventual nova onda pandemoníaca. E dezembro desponta no horizonte das ilusões perdidas para mais de 31 milhões de aposentados e pensionistas do INSS que não terão mais o 13' salário, (pago antecipadamente no meio do ano), e mais de 27 milhões do auxilio emergencial, reduzido dos R$ 600 para R$300. Trocando em miúdos mesmo, por alto, algo em torno de R$ 60 bilhões fora do poder de compra dos beneficiários e do consumo das festas (?) de Natal e Ano Novo. No rol, o governo deixa de arrecadar mais de R$ 20 bilhões em impostos. Neste frigir do caos, ratificando a exclusão dos oportunistas políticos e megaempresários, no vermelho de Papai Noel, as sequelas para os miseráveis, os pequenos (MEI's) e médios que batalham pelo pão nosso de cada dia. Só pra concluir, se este ano que já irá tarde daqui há menos de um mês marcado pela pandemia e os pandemônios, economia desgovernada, dólar nas alturas, especulações agiotas do mercado selvagem e sua escalada de reajustes nos preços abusivos dos Peg-pag's da vida, não se iludam os teimosos otimistas que 2021 será de redenção. Oxalá seja, mas as perspectivas e expectativas racionais de rescaldo, embaça a vela bruxuleante no fim do túnel, na Friday-Ash, do limiar do New-Year, que pelo andar da carruagem, poderá ser de uma crise político-econômica galopante. E não se iludam também, que quem vai continuar carregando o andor, será a gente, com as mãos calejadas pelas desigualdades. Que o leitor nos escuse, mas fugir da realidade, não faz parte dos sensatos, lutar sim, que a vida segue.
fonte: Da Redação
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