Conta Outra!
Data:24/11/2020 - Hora:07h13
Reprodução Web
No país do faz de conta, a gente Conta Outra, faz a conta e ela, não bate, exceto na cabeça e bolso do consumidor, nós, que sempre pagamos a conta, que não é faz de conta, e sim, o suor do trabalhador, sem índice se vida digna no reino tupiniquim. O tema nos voltou à baila, com a galopante escalada do custo de vida nos últimos meses no patropi, sem bônus ao brasileiro de classe média ou pobre, encurralados num beco sem saída. E a desculpa esfarrapada dos grandes ainda é a pandemia, que se realmente causou parte desta tragédia direcionada, não chegou aos empoderados do governo e seus apaniguados. Veja o leitor que no último semestre, segundo dados fidedignos do IBGE, o básico da mesa do consumidor foi às alturas do insuportável. O óleo de soja subiu 65,8%; o arroz, 51,72%; feijão, 21,15%; o litro de leite, 32,75%; a farinha de trigo do pão nosso de cada dia, 13,76%; a carne, variando do boi ao porco e frango, de 13 a 45% e o tal INPC, o Índice Nacional de Preço ao Consumidor previsto para este ano, é de apena 4,10%, a taxa Selic, o fake percentual de 2,29% com uma inflação de tão somente 3,02%. Impossível nesta salada defasada de números, a gente acreditar que moramos num país sério, que ainda se pode confiar nos governantes centrais. Veja que enquanto se fala em crise na hora de dividir o pão, deveres e direitos, o PIB (produto interno bruto), sobretudo do agronegócio, cuja produção é básica da mesa do consumidor, nada justifica como tal. Dados da CNA mostram uma safra de grãos 2020/2021, de 268 milhões e 700 mil toneladas em soja, milho, arroz e feijão, ficando difícil explicar a teoria da oferta e procura de Thomas Maltus, exceto, a tradução de país rico e povo pobre. O chocante é que este povo humilde trabalhador, paga a conta que não soma em bônus a quem de direito. Nessa geografia da fome diversa daquela de Josué de Castro na década de 40, os refugiados da pandemia, a expiatória da crise, desempregados, desempresários, assalariados e remediados se somam no pagar a conta, enquanto os grandes empresários e poderosos governantes ampliam seus impérios, onde quiçá, a onde a pandemia chegou, mas como avalista de seus lucros. Verdade, que eles não quebraram, estão imunes aos efeitos da nossa crise, já que repassaram na conta do povo os valores diferenciados da falha política econômica patropi, caolha ante a oblíqua visão asiática. In- fine, com o dólar inflamável nos combustíveis e importados, a conta do pequeno e médio trabalhador nunca vai bater ou fechar mesmo. E a gente nos Peg-Pags da vida, via aumentos e impostos sempre acaba pagando ela, a Conta.
fonte: Da Redação
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