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Se dermos uma busca no Google vamos descobrir que o conceito de resiliência está atrelado à  ideia de "capacidade de se recuperar de situações de crise e aprender com ela. É ter a mente flexível e o pensamento otimista, com metas claras e a certeza de que tudo passa" (Psicoemfoco).

“Propriedade dos corpos que voltam a sua forma original,  depois de terem sofrido deformação ou choque. Capacidade de quem se adapta às intempéries,  às alterações ou aos infortúnios”.(Dicio.com.br)

E não pára por aí,  muitas outras explicações são dadas para justificar o fato de que é possível o ser humano se reinventar diante de situações difíceis. Prova disso é  que professores da Rede Municipal de Ensino têm demonstrado o quão resilientes podem ser. Com o retorno das atividades não presenciais, surpreendem-nos a forma criativa como esses profissionais têm-se comportado.  Diante de uma situação caótica, pandêmica, quase claustrofóbica,  profissionais da Educação se revelam flexíveis,  proativos, dando tudo de si para olhar o “outro" com empatia. O aluno deixa de ser apenas um número para ser alguém que, de fato, precisa da ajuda do professor, seja lá,  seja cá,  não importa. Mais que provado, o professor é “persona mui grata" entre  os alunos, e para os pais e/ou responsáveis. E essa importância está sendo reconhecida, em momentos de dificuldades como os que estamos vivendo. A família está contribuindo, fazendo a sua parte no recebimento das atividades de seus filhos, atenta aos cuidados necessários para se proteger contra o Covid-19.

Escolas urbanas, bem como do campo têm mostrado comprometimento com  as famílias, no sentido de diminuir a distância entre professores e alunos, em tempos de pandemia.  Atividades impressas,  vídeos e mensagens nas mídias  estão sendo usadas como novos métodos de ensino.

O desafio foi lançado a partir da necessidade de se pensar um formato de Ensino e Aprendizagem que partisse da ideia de inovação, afinal,  é o que pede os novos tempos. O professor, embora imprescindível para o processo, precisa mostrar sua capacidade de inovar, de alcançar o aluno com atividades interessantes  capazes de fazê-lo pensar um mundo  antes globalizado, hoje um mundo de incertezas, mas que promete ser promissor para aqueles que arriscarem a fazer a diferença.

Ledo engano pensar que apenas as instituições escolares estão antenadas nas mudanças desse mundo pós-moderno,  de uma sociedade líquida, como diria o sociólogo Sigmund Bauman.

Além dos professores e alunos, os pais e responsáveis têm demonstrado que as mudanças vieram para ficar, e “ai de quem não acompanhar”. O desafio que cresce dia a dia exige uma postura ainda mais arrojada do professor. Com tantas tecnologias, o ensino remoto passou a ser uma realidade, inclusive para os alunos da rede pública. Mas não basta as mídias,  é preciso fazer o aluno a pensar; criar na criança a curiosidade, conforme ensinou   o saudoso professor Rubem Alves.

Sabemos que se o desafio de propor um ensino de qualidade nesses tempos de pandemia está sendo uma tarefa difícil  para a rede privada de ensino, imaginem para a rede pública,  cuja realidade social, cultural, estrutural é ainda mais heterogênea.  No entanto, é essa diferença  que nos faz acreditar no envolvimento dos profissionais da Educação. Estes têm demonstrado o verdadeiro amor pelo que fazem.

O esforço  e a dedicação dispensados na elaboração e entrega das atividades para os alunos da rede provam isso. O carinho ao pensar e propor as atividades não presenciais demonstram o compromisso com a Educação. A Secretária,  Luzinete Tolomeu, reconhece o envolvimento desses profissionais, e como professora, sabe que esses novos tempos veio para ficar, “ É tempo de transformação. Nós precisamos repensar o modo de enxergar a vida, o outro. Por isso, acredito muito que a partir das nossas mudanças internas teremos a chance de mudar as ações  e o nosso olhar para com os alunos. Confesso, estou surpresa com os professores e gestores da rede naquilo que se refere às tecnologias. O desafio, embora enorme, têm contribuído para o surgimento de novas ideias, novos projetos. Acredito que juntos, imbuídos no mesmo propósito,  vamos sim sobreviver a tudo isso, e superar as diferenças", enfatizou.

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