Beco com Saída
Data:19/05/2020 - Hora:08h08
Reprodução Web
Com chorumelas, lenga-lengas, papos engana-trouxas, pitacos prá boi dormir, trocando em miúdos, conversa fiada mesmo, fiada que a gente paga à vista e haja grana (35% de tudo que a gente ganha e gasta via impostos), prá encher as burras dos bolsos dos políticos e economeses do patropi. A Corona-Vírus embora concordemos seja uma praga genocida e dispenda bilhões de reais dos cofres públicos, seja em ações preventivas, profiláticas e sociais, numa análise imparcial e realista das entrelinhas, revela nas entrelinhas, o oportunismo para espertos que se aproveitam para faturar politicamente com os grandes empresários, insensíveis a dor de dezenas de milhares de famílias enlutadas. Obviamente, que ninguém gosta de ficar no prejuízo, que empresa gera mão de obra e renda; não ignoramos este aspecto fundamental, porém, não absoluto. Até compreendemos a grita dos comerciantes e industriais, dos agropecuários com portas e porteiras fechados, não é fácil realmente. Sobre o assunto parafraseamos o Presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil Felipe Santa Cruz, lembrando que um CNPJ se resgata com uma recuperação judicial (lei 11.101/2025), ao passo que os milhares de CPFs extintos pelas mortes, são eternamente irrecuperáveis. Sacrifícios, todos nós temos, prejuízos, idem, lembrando aquela historinha do boi e da boiada, questão de proporcionalidade. Vamos lá: Seu Zé tinha um boi que morreu atingido no pasto por um raio, enquanto aquele grande pecuarista perdeu 20 reses no tombamento de um caminhão gaiola na rodovia. Qual deles teve a maior perda? Este caso nos leva a real atualidade, o caso de um famoso banqueiro que teve queda de 43,1% em seu lucro no trimestre da pandemia, ficando com apenas R$ 3 bilhões e 912 milhões lucrados no mesmo período. Coincidentemente é o mesmo cujo banco deve R$ 393 milhões ao INSS, não é executado, nem paga. Com certeza, fosse o Seu Zé do boi morto pelo raio, seria alvo do fisco. Neste sentido, já divulgamos recentemente que os 500 maiores devedores da nação somam centenas de bilhões de reais, que se executados, salvariam milhares de vidas nas atuais circunstancias. Mas, a saída sempre pela porta dos fundos e na contramão racional, é sangrar o trabalhador. O congelamento por cerca de dois anos dos salários do funcionalismo, além de SMJ ser ilegal, é injusto. Sobretudo diante da escalada do dólar, real desvalorizada em 47% só neste ano, inflação contaminada em mais de 50 % a taxa da Selic (3%) e os cambaus. Veja que o FMI prognostica 5,3% negativos para o PIB do patropi em 2020 e o Banco Central vai além, com previsão de 8% no mesmo período na Pátria Amarga Brasil. Estaríamos num beco sem saída? A resposta seria Não; desde que os políticos ditos representantes do povo (pilar do Estado), executassem os mega caloteiros e se abstivessem de sacrificar o sofrido povo trabalhador, aquele que paga impostos, agindo com austeridade sem rabo preso com os reais devedores do erário.
fonte: Da Redação
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