Ócios e Picuinhas de Ofício
Data:19/12/2019 - Hora:07h06
Reprodução Web
Dizia João de Scantimburgo, jornalista, professor e escritor paulista, da Academia Brasileira de Letras, que na política, como em outros setores sociais, é preciso, de tempos em tempos, inventar alguma patranha, a fim de revitalizar o próprio partido e enfraquecer ou tentar fazê-lo os demais, que ocupam a cena partidária. É típico da partidocracia, em que nos encontramos, que se invente uma inverdade, leve-se cucarachos a repeti-la, e em pouco, será verdade. Uma verdade falsa, reflexo do maldito denuncismo que nos últimos anos infesta os sórdidos meios políticos, dos palácios suntuosos de Brasília, aos grotões com seus legislativos minguados, mais preocupados em lavar a roupa suja em suas chulas sessões, ao invés de fazer jus aos salários pagos pelo povo, para representá-los na defesa de seus direitos essenciais de cidadãos. Nesta salada suja onde os denuncistas se respaldam na tal imunidade parlamentar, costuma-se acusar pares de envolvimentos em facções criminosas, subjugar, manipular, pressionar, achincalhar ou prejudicar o outro com representações, queixas, reclamações, ações, notificações e denúncias infundadas, sem lastro, inverídicas, abusivas e com o injusto intuito de satisfazer egoísticos interesses inconfessáveis, sem temer constranger, humilhar ou deturpar a imagem, a intimidade, a honra, a credibilidade, a profissão, os títulos, enfim, a dignidade alheia. E corre-se lista para cassar fulano e sicrano, que beltrano fez rachadinha com aspone e os cambaus, que tal e coisa e coisa e tal, grana de facção bancou campanha e o dia do cassador quer na calada da noite derrubar a caça. Ordinários em sessões ordinárias, gravatões em audiências públicas, aspones de plantão, oposição pelo simples fato de ser oposição, tipo, hay-gobierno, soy contra, o bolso do povo paga as pantomimas do circo, mesmo, então truco! Constrangedor, amigos, que tenhamos no Brasil, empregados descompromissados com seus patrões, admitidos nas urnas para trabalhar prá comunidade, no ócio dos gabinetes preocupados em seus interesses pessoais e particulares, quando não, em passar a rasteira no vizinho. A arma na maioria das vezes, o maldito denuncismo, pratica nefasta que infestou os meios políticos nas últimas décadas, municiado pelas fake-news, sob o manto da impunidade de rotos, falando de esfarrapados, moralmente. Só prá ilustrar, o denuncismo não é somente fruto da má-fé, da deslealdade, da improbidade, da falta de princípios, senso de Justiça e valores sólidos, mas também de uma suscetibilidade exagerada e manejada a esmo, que provém de pessoas que se apresentam com essa lamentável característica e com lastimável assiduidade. Qualquer picuinha, têm sido potencializada em seu grau máximo, por pessoas que não têm a capacidade e a dignidade de intuir, de perceber que na vida há opiniões divergentes, e que é preciso conviver com as diferenças, com o pluralismo, com o outro e que quando não se respeita a casa do povo, a porta da rua é a serventia...só lembrando em 2020 tem eleições. Quem coçou quatro anos, rosnou de valente e pouco ou quase nada de proveitoso fez, deve ser demitido nas urnas, concordam? Pois é, só prá finalizar, se houvesse mais ética, firmeza, consciência de grupo, alteridade, educação, muitos dos problemas que assolam o cotidiano, seriam eliminados, ou ao menos minimizados. Nas eleições de 2020, eliminemos as causas e quem causa os problemas, fechado?
fonte: Da Redação
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