O papo das Rachadinhas
Data:06/12/2019 - Hora:06h34
Reprodução Web
A gente tem ouvido isso, aquilo e mais aquilo, como dizia o sambista Sérgio Sampaio no seu bloco na rua alí pelos anos 70 do século passado, e sem mais delongas, papo vai, papo vem, e a tal Rachadinha aparece no trololó, algo como Rachid, o político contrata um assessor, mais pra aspone, (aquele tal de zorra nenhuma), digamos, por R$ 5 mil, que é o povo mesmo quem paga, e já fica acertado, metade pro tal e metade pro outro. Já vimos isso lá em Sampa nos anos 80 e 90, antes era Rachid mesmo, ultimamente é que recebeu o nome pornográfico de rachadinha, depois do escândalo lá da Alerj na cidade que já foi maravilhosa e se espalhou o vocábulo brasil afora. Aqui em Cáceres mesmo, já se fala numa tal rachadinha entre fulano e sicrano, que beltrano botou a boca no trombone e o papo dizem deu beó, chegando até ao MP, não sabemos mais se virou ou vai virar alguma coisa. Lá na tal Alerj, foi prá gaveta de gabinetes e dizem que quem cutucar a onça com vara curta, pode ver Jesus mais cedo, aqui, nunca se sabe e a gente nem notícia, porque lugar de lavar a roupa suja é na Cisne Branco. Mas, para esclarecer a turminha do chopp, vamos lá: a prática da rachadinha têm movimentado o cenário político brasileiro, estando longe de ser uma exclusividade de um único local ou partido. Segundo o cientista político e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Pedro Arruda, é difícil determinar em que momento a prática da rachadinha teve início na política brasileira. Por muito tempo, o acesso a informação foi prejudicado tanto por ditaduras quanto pela existência de poucos meios de comunicação. Além disso, por se tratar de um esquema feito com pessoas de confiança, a fraude muitas vezes não se torna pública. Caracterizada pela transferência de salários de assessores para o parlamentar ou secretário a partir de um acordo pré-estabelecido ou como exigência para a função, a rachadinha pode ou não envolver a contratação de funcionários fantasmas. O esquema envolve repasses de quantias menores quando comparadas a grandes casos de corrupção - por movimentar valores na faixa dos milhares e não de milhões, isso se reflete no perfil de político que comete a prática. É uma prática típica de parlamentares de baixo clero e políticos provincianos, como vereadores nas câmaras municipais e funcionários de baixo escalão. Além se ser uma prática pouco republicada, a rachadinha também é criminosa por utilizar recursos públicos para enriquecimento pessoal e favorecimento de pessoas do círculo íntimo do político. A dita cuja, revela uma certa herança colonial e um patrimonialismo, a ideia de usar recursos públicos para interesses privados e pode ainda envolver práticas como nepotismo e ocultação de transações financeiras, com implicações no âmbito legal e político, como a perda do cargo. As consequências dependem da interpretação da legislação, uma vez que há leituras de que a rachadinha não é um crime, pois é feita a partir de um acordo, (pacto sun-servanda) e estando bem para ambas as partes, Aqui-Agora, estourando a corda do lado mais fraco, quando o acordo não é respeitado, aí,meu irmão, sai de baixo.Entenderam? Pois é, esta é a tal rachadinha, que não toma nosso espaço jornalístico, Passar-Bem!
fonte: Da Redação
» COMENTÁRIOS
|
|
Publidicade
High Society
|