Retaliação tranca a pauta adiando projeto do esgoto
Data:27/11/2019 - Hora:06h41
Tumultos desnecessários, emperra aprovação de projetos cidadãos. (Foto Divulgação)
Estudos técnicos têm comprovado que a cada R$ 1,00 investido em saneamento, gera economia de R$ 4,00 na saúde pública, utilizados em outras áreas essenciais
Em novo capítulo da novela atinente ao empréstimo milionário da municipalidade para a implantação da rede coletora de esgotos em Cáceres com ETE (estação de tratamento) pela autarquia Águas do Pantanal, os vereadores optaram na sessão da última segunda-feira em trancar a pauta, até que o executivo decida reverter a determinação de trabalho dos guardas.
Em decisão considerada retaliadora ao poder executivo, por alguns presentes na sessão ordinária, os vereadores simplesmente avisaram em plenário, que enquanto não ficar regularizada a situação dos guardas municipais, a edilidade se absterá de aprovar projeto do prefeito. O pomo da discórdia, seria o ofício da procuradoria municipal datado de 19 de novembro, obrigando os guardas a trabalhar no horário diurno, com iminência da perda do adicional noturno e horas extras.
A situação teria se acirrada após informações de que a prefeitura estaria propensa a contratar uma empresa de vigilância armada, gerando a obstrução de votações e ou aprovações de projetos do executivo, dentre eles, o referente ao empréstimo de R$ 129 milhões, para implantação de esgotos em toda a cidade.
O estopim da crise entre os dois poderes, com a crise dos guardas como pano de fundo, havia sido detonado na sessão extra-ordinária de sábado último, quando seria aprovada a liberação do prefeito Francis Maris para uma viagem aos Estados Unidos. Evidente, que a oposição votou contra e houve tumulto, protesto de servidores em frente à Câmara durante a votação.
A Polícia Militar foi chamada pelo prefeito devido a confusão. “A viagem estava aprovada e marcada para terça-feira (26), mas comprei as passagens para essa segunda-feira (25) e precisei convocá-los para a liberação. Seria algo simples, mas os vereadores da oposição começaram a me ofender com palavras de baixo calão e a me agredir”, afirmou Francis.
O vereador Rosinei Neves disse que a confusão gerada foi pelo fato do prefeito 'ignorar' a votação de um projeto que inclui adicionais noturnos aos guardas municipais e pautar apenas os interesses dele. “Teve uma reunião para regulamentar o decreto sobre os adicionais noturnos, mas isso não foi mais discutido. Não aceitamos que a votação fosse apenas sobre a viagem dele, pois o combinado era votar os dois projetos”, explicou.
Pelo ocorrido, os vereadores decidiram que a pauta ficará trancada, dentre os projetos, o de financiamento da rede de esgoto, orçada em 129 milhões de reais até que seja revertida a determinação de trabalho dos guardas.
Com toda esta polêmica, revanchismos e retaliações, perde a cidade e a população, pelo adiamento de um serviço essencial à saúde pública, que a exemplo de outras localidades, é taxado na conta de água como custo-benefício aos usuários. Um preço muito alto, que Cáceres e o povo têm pago, com a ausência do saneamento na cidade, alvo de picuinhas pelos representantes da comunidade.
Câmara ardente dentro e fora, deu até polícia na parada (Foto Facebook)
fonte: Da Redação
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