Era uma vez Currutela
Data:09/11/2019 - Hora:09h04
Reprodução Web
No regionalismo de Goiás, (né?), Minas Gerais, (Uai), quiçá de Mato Grosso também, (Vôte), costuma-se chamar pequeno vilarejo isolado, até mesmo uma cidadezinha, de currutela, geralmente um local aprazível, pacato, de fácil gestão e digestão, que o diga alguns prefeitos, uma ponte algumas vezes resolve o problema do gentio, mesmo porque os assuntos mais graves, desaguam mesmo no município sede regional, como saúde, educação, serviços de bancos etc. Ser corrupto sempre é mais difícil num município de pequeno porte, todo mundo conhece todo mundo, o leva e traz corre solto, mato tem olho, parede tem ouvido e aqueles políticos picados pelo vírus corruptivite, rodam cedo, concordam? Pois é, agora com o tal Pacto Federativo, coisa de quem não tem o que fazer e quer mostrar serviço, uma das medidas é a redução do número de municípios com a restrição para a criação de novas cidades e a incorporação pelo município vizinho de cidades com menos de 5.000 habitantes e com arrecadação própria menor que 10% de sua receita total. Na conta geral, seriam 1.254 municípios extintos, seis apenas, em nossa região, Indiavaí, Reserva do Cabaçal, Figueirópolis, Conquista, Glória e Salto do Céu, todos com com menos de 5.000 habitantes, segundo a última estimativa do IBGE divulgada em agosto. E o tal ministro truculento Posto Ipiranga, o PG, que paga prá ver, diz que o abacaxi vai ficar pro congresso (deputado se senadores) descascar em um ano véspera de eleições municipais. Como se trata de uma emenda a constituição, sem poder de eventual veto do presidente, duvidamos muito que mais este besteirol do egresso de Chicago, prospere. Sim, pois uma coisa é restringir a criação de novos municípios, como previsto já na Emenda Constitucional nº 15 de 1996, o PLP 137/2015, condicionando emancipações político-administrativas de distritos, ainda pendentes e outra coisa, é simplesmente a toque de caixa, extinguir 1.254 municípios consolidados. Note o leitor que o Projeto de Lei Complementar 137/15, prevê em seu bojo, um plebiscito e estudos de viabilidade municipal para criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, tudo conforme a democracia vigente, com critérios regionais, 6 mil habitantes nas regiões Norte e Centro-Oeste; 12 mil habitantes no Nordeste; e 20 mil no Sul e no Sudeste. O que se apresenta atualmente é uma imposição referendada pela caneta de parlamentares, a maioria, sem o minimo compromisso com o povo dos grotões, exceto na hora do caça-votos para reeleição. In-fine, quanto ao aberrattio da absurda proposta federativa, razão assiste ao Presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, que, em Brasília, participando de reuniões na Confederação Nacional de Município e no Congresso, ressaltou que o governo deixou de colocar na cesta das receitas o ICMS e o FPM, que entram no orçamento das prefeituras. Com certeza, previamente mal-intencionado, um coringa no atual governo, que pode conhecer bem de economia gringa, mas pouco do nosso sofrido patropi. Oxalá, nossas lideranças políticas regionais, consigam que tal proposta de extinguir municipios vá para a cesta secção.
fonte: Da Redação
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