Alô, ZYR no Ar, Bom Dia!
Data:08/11/2019 - Hora:09h22
Reprodução Web
O Brasil celebrou na quinta-feira, 7 de novembro, o Dia do Radialista, uma homenagem ao compositor e radialista Ary Barroso, que nasceu em 7 de novembro de 1903 em Ubá (MG) e foi assim homenageado em nome dos radialistas da épica e de sempre pela lei nº 11.327/2006, que instituiu o 7 de novembro como a data oficial de comemoração do Dia do Radialista. Quando a gente passa pela rua e vê os antigos colegas de radio sobrevivendo como locutor de porta de loja, bate aquela saudade com sabor amargo de revolta, dos anos 60 e 70 quando radialista era respeitado, tinha status. Nesta viagem no tempo, as noites na Radio Piratininga em Sampa, 1974, redator compilador da Voz do Brasil em gravador de rolo e maquina de escrever Olliveti Línea, que o locutor chegava às 7 horas da manhã para o jornal falado; dos programas AM das domésticas ouvintes e nos conta um amigo, que aqui em Cáceres, não era diferente. Finais dos anos 60, os animados programas da Rádio Club, na canequinha, Aderbal Michels, Chico Osmiro, Airton Montecchi e Enio Dorado, dentre outros, no ar, anunciando o baile do final de semana no Humaitá, coisa linda, a gente era feliz e não sabia, né mesmo, Seu Faquini, amigo Ildefonso? Pois é, o radio hoje é web. Dos bolachões 78 RPMs, ao vinis, dos CD’s aos pendrives, MP3, o radio de terceira posição entre os meios de comunicação mais usados pela população para se informar, conforme levantamento realizado pelo Ibope em 2016, hoje é pouco ouvido, mesmo se adaptando às novas tecnologias. E pensar que tudo começou em 1896, quando Guglielmo Marconi realizou uma transmissão de rádio entre dois navios de guerra italianos distantes 13 km um do outro, obtendo, em Londres, a patente do invento. Aqui no reino tupiniquim, apenas em 1922, aconteceu a primeira transmissão radiofônica oficial com o discurso do Presidente da República Epitácio Pessoa, no Rio de Janeiro, durante as comemorações do centenário da Independência. No ano seguinte, Edgard Roquete Pinto e Henry Morize fundaram em 20 de abril a primeira estação de rádio do Brasil: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que contava com clubes de ouvintes, que se associavam e contribuíam com mensalidades para a manutenção da emissora. O tempo passou, célere, implacável, quem viveu, vibrou nas ondas sonoras da radiofonia AM, a verdadeira radio, mesclando musicas e noticiários, publicidades e utilidades pública, e o grande herói, o Radialista. Naqueles idos, o senhor da canequinha, voz grave empostada, suave, modulada pelo diafragma natural da goela, do outro lado do estúdio, o sonoplasta, também conhecido como disck-jóquei, no suporte, o discotecário e assistentes. Hoje, um simples click no PC, e a classificação Brasileira de Ocupações, que disciplina pelo menos sete ocupações na profissão de radialista: âncora, comentarista, locutor, locutor publicitário, narrador de programa, repórter e apresentador de programa, foi pro espaço, resumido a uma pessoa no comando dos botões. Se for uma radio web, online, basta um computador conectado a internet e um microfone para transmissões ao vivo, uma pequena taxa para o provedor de streaming e vai poro ar, independente de concessão, como são as emissoras radiofônicas normais. Aos radialistas, uma espécie em extinção, sobreviventes da era digital, nossa saudação pela data.
fonte: Da Redação
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