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Na semana dos 241 anos de Cáceres, a cidade ganhou a nova sede do Museu Histórico, inaugurado no dia 3 de outubro em novas instalações e passou a chamar Professora Emilia Darci Souza Cuiabano. Com certeza todas as peças e documentos que foram doados durante os 39 anos, terão novas acomodações e visualizações que deverão estar expostos por categoria como é a regra para  os Museus.  O Museu permaneceu de outubro de 1980 a outubro de 2019, num predio em estilo neoclássico, sito a Rua Antonio Maria 244, parte integrante do conjunto dos casarios históricos tombados no perímetro urbano de Cáceres, em frente à Praça Major João Carlos, de extraordinário valor histórico deste prédio, e que no passado, abrigou tropeiros e morroqueanos que vendiam produtos da terra como: banana, arroz feijão, etc.

Serviu também, de sede da Intendência Municipal, do Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS), do Fórum de Cáceres, da

Secretaria de Educação, Saúde e Assistência Social, que depois passou ser chamada de Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), da Legião da Boa Vontade (LBA), do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), do Conselho de Entorpecente, e da Fundação Cultural de Cáceres.

Verdadeiras máquinas do tempo, os museus são lugares de reflexão sobre o passado, o presente e o futuro de uma nação. Atualmente, em Mato Grosso, existem mais de 60 espaços museológicos em funcionamento. Entre museus e galerias de arte, são lugares dedicados a contar boa parte da nossa história, com enorme potencial educativo relacionado a aspectos culturais, artísticos e históricos enraizados em nossa sociedade. Frequentar museus, exposições, lugares históricos e galerias de arte, fomenta descobertas sobre o homem e sua relação com diferentes povos, culturas e valores.

No pantanal, o Museu Histórico de Cáceres, com vista para o Rio Paraguai, foi criado por ocasião do bicentenário da cidade, em 1978, pela Lei 695 de 9 de maio de 1978 e instalados  no dia 3 de outubro daquele ano, com sede alugada na  Rua 13 de Junho, ao lado da Catedral. A criação do Museu e Arquivo Municipal aconteceu no ano em que se comemorava o bicentenário de Cáceres, passando a pertencer a Secretaria de Administração, tendo como primeira diretora, de 1978 a abril de 1983, a  professora Emilia Darci Souza Cuiabano. A história já começa a ser contada pelas paredes da edificação centenária (tombada como patrimônio histórico municipal, estadual e nacional), localizada no centro de Cáceres.

Do século XIX, aproximadamente 500 documentos e do século XX aproximadamente 3000 documentos, 400 livros de registro, 700 volumes de talões, 500 volumes de livros e revistas, 150 plantas, 1500 números de jornais cacerenses, 100 volumes de balancetes. Por conta do incentivo da professora Emilia Darcy Cuyabano, que doou muitas das peças e documentos, lá estão expostos em salvaguarda, livros, fotografias, roupas, itens arqueológicos e geológicos, documentos e objetos históricos que marcaram a colonização da cidade.

Entre os destaques da exposição permanente, a carta de Dom Pedro II, datada de 3 novembro de 1883, nomeando o capitão Antônio Aníbal Alves Pereira, cavaleiro da ordem de São Bento, homenageado pela sua bravura durante a guerra em que acabou morto.

Na administração do Dr. Ivo Cuiabano Scaff a partir de 1º de maio de 1980 a 1983, o Museu que pertencia a Secretaria de Administração, passou a pertencer a Secretaria de Educação, Saúde e Assistência Social, sendo reinaugurado em 3 de outubro de 1980, em uma sala com divisória de lambri e o Arquivo Municipal em outra sala.  A Secretaria de Saúde e Assistência Social, ainda na administração Dr. Ivo Cuiabano Scaff  passou a chamar de Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS).

Na gestão da interventora Ana Maria da Costa e Faria, de 1983 a 1985, o Professor Antonio Miguel Faria Senatore, foi diretor do Museu e Arquivo Municipal, cargo que ocupou até 2010. No governo do Dr. Antonio Carlos Souto Fontes (1986/1988) durante o 2º semestre de 1987, a Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) foi transferida para o Centro Operacional de Cáceres (COC), e  no lugar da Secretaria foi instalada a sede da Fundação Cultural de Cáceres, junto ao Museu e Arquivo que passaram a pertencer esta Fundação. 

Em 1987 o Museu e Arquivo foram ampliados com apoio do Ministério da Cultura e da antiga Fundação Cultural de Mato Grosso, recebeu outras doações de peças e documentos, precisando ocupar toda estrutura física do prédio da Rua Antonio Maria 244.  A aquisição do mobiliário para ampliação aconteceu através de convênio com o Ministério da Cultura. Em 1986 o Museu repassou  à Unemat, 1200 livros, que passaram a integrarem a biblioteca daquela Entidade.

Durante a administração do Dr. Walter Fernandes Fidelis de 1989 a 1992, a Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) passou a chamar de Secretaria de Educação e Cultura e a Fundação Cultural de Cáceres continuou nesta Secretaria, com o Museu e o Arquivo. Em 1989 o Museu e o Arquivo acamparam a Biblioteca Publica Municipal “Professora Leonidia A. de Moraes que estava desativada alguns anos e com  as doações feitas por meio de parcerias incluindo o acervo do Mobral, a biblioteca voltou atender o público ao lado do Museu.

O prédio do Museu Histórico de Cáceres, foi reinaugurado em 1998, na administração de Aloísio Coelho de Barros, (1997/2000) e com a reforma, houve algumas adaptações internas, possível por meio de convênio com o Ministério da Cultura. Enquanto isso o acervo encontrava-se  acondicionado em uma residência  na Rua General Osório,  permanecendo por quase dois anos.

Durante a gestão do prefeito Túlio Aurélio Campos Fontes  (2001/2004) a Fundação foi extinta e criada a Secretaria de Esporte Cultura e Lazer, e o Museu e o Arquivo passaram a pertencer a esta Secretaria. Em 2002 o Museu Histórico fêz parceria com pessoas físicas e jurídicas, intitulando “Os Amigos do Museu”, com apoio do Secretário de Educação Celso Fanaia.  Com as parcerias o Museu alavancou em todas as formas de doações como: mobiliário, documentos, objetos, luminária, e outros.  Criou a Biblioteca do Museu Histórico Professora Maria F. Campos, o Auditório Senatore e a Reserva Técnica de Acervo Museológico.

As salas de exposições ganharam nomes: Sala de História Regional Professor Natalino Ferreira Mendes, Sala de Arqueologia Dr. Manoel Costa Marques, Sala de Comunicação Aderbal Michels, Sala de História Sacra João Paulo II, Arquivo do Museu Maria Faria Senatore, Sala de Imprensa Nilo Ferreira, Cantina Maria José da Silva Ribeiro e o espaço externo de eventos passou a chamar Amigos do Museu. Toda organização foi realizada de acordo aos moldes do Sistema Nacional de Museus. Este resumo explicita a importancia dos Amigos do Museu, que não podem e não devem ser esquecidos em tempo algum, pois foram eles que passaram chamar o Museu de “Museu Histórico de Cáceres”, até a escolha definitiva do seu nome, Professora Emilia Darci de Souza Cuiabano.

PS:-O Museu Histórico de Cáceres em sua nova, ampla e confortável nova sede, com salas específicas e estacionamento próprio na Rua Riachuelo, espaço de eventos da Sicmatur, centro, funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 9h00 às 18h00.

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