Patrono Luiz Albuquerque
Data:04/10/2019 - Hora:12h57
Sob o reinado de D. João V, em Portugal, período de grandes descobertas auríferas e de ocupação do território brasileiro, nascia em 21 de outubro de 1739, na Freguesia de São Salvador da Vila do Ladário, Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, o primeiro filho do Coronel Francisco de Albuquerque e de Dona Isabel Maria de Melo de Albuquerque Pereira e Cáceres, pertencentes a famílias de fidalgos portugueses. Ainda jovem, Luiz participou nas lutas entre Portugal e Espanha, que se prolongaram, no século XVIII, por disputas de terras e aos 19 anos , foi nomeado Cavaleiro Fidalgo da Casa Real, por D. João V, com o posto de soldado cadete da Companhia, e quatro meses depois é promovido a Alferes. Cinco anos mais tarde, já era capitão e designado para exercer o cargo de Ajudante de Ordens do Marechal de Campo Francisco Mac-Lean, Governador da Praça de Almeida, cidade em que permaneceu até o inicio de 1771. Nesse mesmoa no atendendo ao convite do Marquês de Pombal, intermediado por José de Seabra, Luiz ser reuniu-se com o Marquês, que o convidou para o cargo de Governador e Capitão General do Estado de Mato Grosso e Cuiabá.
Logo após a sua nomeação, Luiz de Albuquerque recebeu uma carta de Martinho de Melo e Castro, escrita em 13 de agosto de 1771, contendo as instruções sobre o governo da Capitania de Mato Grosso. Essas instruções formavam um conjunto de 15 cartas já encaminhadas aos seus antecessores, em diferentes ocasiões, entre 1757 e 1767, e que elaboradas a partir das instruções do Marquês de Pombal, representavam o sistema fundamental, que hoje forma o governo Politico, Militar e Civil de toda a América Portuguesa , e foram cruciais para o conhecimento e o tracejamento de estratégias políticas e militares para o desempenho das novas funções e dos desafios que o esperavam no território mato-grossense. A Capitania de Mato Grosso aguardada por Luiz de Albuquerque já havia sido desmembrada da Capitania de São Paulo em 1748, e da mesma forma, o território brasileiro, objeto de disputas entre as Coroas portuguesa e espanhola, encontrava-se redefinido pelo Tratado de Madrid, assinado, em 13 de janeiro de 1750, pelos reis Fernando VI, de Espanha, e Dom João V, de Portugal, e que estabeleceu os limites entre as colônias das duas Coroas, na América do Sul, respeitando a ocupação exercida nos territórios, em substituição aos traçados definidos pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494. Ao chegar à Vila Bela, em 5 de dezembro de 1772, Luiz de Albuquerque foi recebido pelo ainda Governador, Luiz Pinto de Souza Coutinho, que foi ao seu encontro até a borda do mato acompanhado de oficiais da Fazenda e das pessoas mais nobres da República. Oito dias mais tarde, Luiz de Albuquerque tomou posse do Governo na Casa da Câmara, com a solenidade costumada, missa cantada solenemente e oração sagrada .
Decorridos seis anos à frente da Capitania de Mato Grosso, a Câmara de Vila Bela, a nobreza e o povo, no início de janeiro de 1778, considerando as habilidades administrativas e políticas do governador, pedem à Rainha de Portugal, a recondução, por mais três anos, de Luiz de Albuquerque ao cargo de governador. Em junho de 1788, Luiz de Albuquerque, havendo participado do início da trezena de Santo Antônio, caiu doente, sem mais se poder levantar da cama até o dia 17 de dezembro, em que se celebrou o aniversário dos felizes anos da Rainha, nossa senhora, tornando logo a recair até o fim do ano, mas se comportando sempre em todo esse decurso de tempo com um notável sofrimento bem condigno da sua heroica fortaleza .
A Rainha de Portugal, atendendo às reiteradas súplicas dos parentes de Luís de Albuquerque que imploravam o seu retorno, nomeia o seu irmão, João de Albuquerque, para sucedê-lo no governo da Capitania de Mato Grosso, em 21 de agosto de 1788. Em Lisboa, Luiz de Albuquerque recebeu da Rainha a Comenda de S. Martinho de Chans, em outubro de 1793, e no dia 13 do mesmo mês e ano, foi nomeado Cavaleiro da Ordem da Milícia de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em 1796, a sua frágil saúde ficou fortemente abalada com a notícia da morte do irmão João de Albuquerque, em Vila Bela, e, três anos mais tarde, faleceu em 7 de julho, aos cinquenta e oito anos, sem deixar viúva e/ou herdeiros. ***___Neuza Zattar.
fonte: Neuza Zattar
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