Em 9 meses cidadãos pagaram mais de R$ 24 bi em impostos
Data:02/10/2019 - Hora:08h12
Gustavo Ourique
Os mato-grossenses já pagaram R$ 24,8 bilhões em impostos este ano. O valor foi atingido na manhã de ontem, segundo o Impostômetro da Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio). Cerca de 70% do que é arrecadado está embutida nos produtos e serviços. Até agora, o governo federal já arrecadou quase R$ 2 trilhões em impostos, como mostra o painel que está instalado desde abril em frente ao prédio da Fecomércio, na Avenida Rubens de Mendonça, em Cuiabá. No ano passado, Mato Grosso arrecadou R$ 32.038 bilhões.
O presidente da Fecomércio, José Wenceslau de Souza Júnior, afirmou que a intenção do painel é fazer com que a população do estado tenha conhecimento do quanto está sendo pago em impostos. "Tem que ficar claro que quem paga o imposto é o cidadão", disse. A reforma tributária é necessária, na avaliação dele.
"A carga tributária é muito alta. Em um produto de R$ 100, você chega a pagar R$ 46 em impostos. É uma carga tributária das mais altas do mundo. E nós que pagamos impostos não temos retorno, porque temos que pagar educação privada, saúde privada e segurança privada. Então, o governo está pegando esse dinheiro e aplicando mal aplicado", disse.
O "impostômetro" considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo a título de tributos: impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e correção monetária. A reforma tributária está em discussão na Câmara dos Deputados e no Senado, porém, as propostas analisadas pelas duas Casas são diferentes. Em linhas gerais, os textos propõem simplificar a cobrança de tributos com a unificação de vários impostos.
José Wenceslau disse que é favorável aos incentivos fiscais às empresas em Mato Grosso, devido à localização geográfica do estado, que é distante dos grandes centros. "Estamos amarrados em muita burocracia, reconhecimento de firma, autenticação de documento. Hoje para abrir uma empresa chega a demorar até seis meses. É um absurdo, porque está deixando de gerar empregos, deixando de gerar riquezas e a circulação de dinheiro", afirmou.
fonte: G-1/MT com Redação
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