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Sentiu Compaixão
Data:29/09/2019 - Hora:08h05
Abrir o coração à compaixão e não fechar-se na indiferença. Este foi o convite que o Papa Francisco fez ao celebrar a missa na Casa Santa Marta, na manhã do dia 17 último. A compaixão, de fato, nos leva para o caminho da verdadeira justiça”, salvando-nos assim do fechamento em nós mesmos. Toda a reflexão foi feita a partir do trecho do Evangelho de Lucas da liturgia de hoje (Lc 7,11-17), em que é narrado o encontro de Jesus com a viúva de Naim, que chora a morte do seu único filho, enquanto é levado ao túmulo. O evangelista diz que Jesus “sentiu compaixão para com ela”, como se fosse “foi vítima da compaixão”, explicou o Papa. Havia muita gente que acompanhava aquela mulher, mas Jesus viu a sua realidade: ficou sozinha hoje e até o final da vida, é viúva, perdeu o único filho. É propriamente a compaixão que faz compreender profundamente a realidade: A compaixão faz ver as realidades como são; a compaixão é como a lente do coração: nos faz entender realmente as dimensões. E no Evangelho, Jesus sente muitas vezes compaixão. A compaixão também é a linguagem de Deus. Não começa, na Bíblia, a aparecer com Jesus: foi Deus quem disse a Moisés “vi a dor do meu povo” (Ex 3,7); é a compaixão de Deus, que envia Moisés a salvar o povo. O nosso Deus é um Deus de compaixão, e a compaixão é – podemos dizer – a fraqueza de Deus, mas também a sua força. Aquilo que de melhor dá a nós: porque foi a compaixão que o levou a enviar o Filho a nós. É uma linguagem de Deus, a compaixão. A compaixão “não é um sentimento de pena” que se sente, por exemplo, quando vemos morrer um cachorro na rua: “coitadinho, sentimos um pouco de pena”, afirmou Francisco. Mas é “envolver-se no problema dos outros, é arriscar a vida ali”. O Senhor, de fato, arrisca a vida e vai. Outro exemplo feito pelo Papa Francisco vem do Evangelho da multiplicação dos pães, quando Jesus diz aos discípulos que deem de comer à multidão que o seguiu, enquanto eles preferiam que fosse embora. “Os discípulos eram prudentes”, notou o Papa. Eu creio que naquele momento Jesus tenha ficado bravo, no coração, prosseguiu Francisco, considerando a resposta que deu: ‘Deem vocês de comer!’” O seu convite é para cuidar das pessoas, sem pensar que depois de um dia assim poderiam ir aos vilarejos para comprar pão. “O Senhor, diz o Evangelho, sentiu compaixão porque via aquelas pessoas como ovelhas sem pastor”, recordou o Papa. De um lado, portanto, o gesto de Jesus, a compaixão e, de outro, a atitude egoísta dos discípulos, que “buscam uma solução sem se comprometer”, sem sujar as mãos, como dizendo: “que se virem”: E se a compaixão é a linguagem de Deus, muitas vezes a indiferença é a linguagem humana. Quantas vezes olhamos para o outro lado… E assim fechamos a porta para a compaixão. A seguir, o Papa se disse comovido com uma palavra do Evangelho, quando Jesus diz a esta mãe: “Não chore”. “Uma carícia de compaixão”, afirmou Francisco. Jesus toca no caixão, ordenando ao jovem que levante. O jovem então fica sentado e começa a falar. E o Papa ressaltou propriamente o final: “E Jesus o entregou à sua mãe”: Ele o entregou: um ato de justiça. Esta palavra se usa na justiça: restituir. A compaixão nos leva para o caminho da verdadeira justiça. ***___ https://www.vaticannews.va/pt/papa-francisco fonte: https://www.vaticannews.va/pt/papa-francisco » COMENTÁRIOS
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