Reprodução Web/Montagem

Em recente entrevista  a um canal de TV de Cuiabá, o governador de Mato Grosso Mauro Mendes, adiantou que o Porto de Cáceres, deverá voltar a funcionar a partir do próximo ano. Embora a gente fique aqui na torcida para que não seja mais uma das muitas fakes típicas de ano vespertino de eleições, que este histórico porto estrategicamente posicionado pela proximidade da Hidrovia Paraguai/Paraná, retome suas atividades, mesmo conhecendo a austeridade do atual governador, o pretérito desta e outras obras, nos deixa com um pé atrás, senão vejamos: em março de 2013, projeção do então secretário Francisco Vuolo, de Transportes e Logística Multimodal dava conta de que em menos de 24 meses, 10% a 15% da safra de grãos de Mato Grosso estariam em condições de ser escoada através do Porto Fluvial de Morrinhos, em Cáceres, pela Hidrovia Paraguai-Paraná, para chegar à Nueva Palmira (Uruguai), no rio Apa, para exportação, em trecho de 3.400 Km.A projeção que seria para 2015, foi renovada em 2016, quando em novembro daquele ano, o Governo do Estado de Mato Grosso, por meio da Companhia Mato-Grossense de Mineração, anunciava oficializar a disponibilização do Porto Fluvial de Cáceres para a Associação Pró-Hidrovia Paraguai – Paraná, com o intuito da retomada da operação do Porto. Com direito a cerimônia naquela segunda-feira, 14 de novembro de 2016, às 19h00, no auditório Cloves Veoratto, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá. Lembram do discurso do então  ministro das Relações Exteriores, José Serra, o tal Vizinho, das Lavajatices, no  evento que marcou a disponibilização do Porto Fluvial de Cáceres para estudos técnicos para a sua reativação, visando a integração comercial com a América Latina? Só empatou com a vóz vibrante do então vice-governador Carlos Fávaro, enaltecendo nos holofotes, aquele que era o grande momento para o Estado de Mato Grosso, pois o governo havia encarado de frente a construção da ZPE e de quebra, a navegação pelo Porto de Cáceres, que iria garantir competitividade pra todo o Estado, e em especial para a região Sudoeste e Oeste, com aplausos dos aspones com roupa de missa. Coisa linda, Dona Almerinda, que o primo mais velho da ZPE, longe das fraldas dos 29 anos,(ele já tinha 15 anos então, pois entrara em operação em 12 de agosto de 1975,) pelo menos operou, embarcando milho e madeira, e desembarcando cimento e derivados de petróleo, com regularidade até 1986, e administrado pela Portobras, por meio da Administração da Hidrovia do Paraguai, a AHIPAR, se virou até 1990, (coincidentemente, no limiar da tal ZPE, a Zona que pouco importa, nunca exportou nada) quando a empresa foi extinta.  Ao mesmo tempo, em 26 de agosto de 1991,a famosa Companhia Brasileira de Armazenamento, vulgo Cibrazem, tinha o mesmo destino, passando para o então Ministério da Agricultura e Reforma Agrária, alterado para Conab, numa fusão entre a Cibal e a CFP e quem foi atras do trio elétrico e não morreu, ainda deve se lembrar, mas, ...voltando 21 anos, desembarcando na memória do Porto de Cáceres, lembramos que em 4 de março de 1998 foi firmado um convênio de delegação com o estado de Mato Grosso para administrar o Porto Fluvial de Cáceres e nas idas e vindas, de Berlinda às Calendas, parece que vamos quebrar mais um litro de vinho, no Porto Solidão, Será?

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