Calor no Dia da Árvore
Data:20/09/2019 - Hora:09h03
Reprodução Web
O mundo envelheceu ou a sociedade tornou-se tão insensível a ponto de ignorar a imprescindível essência das árvores em nossa existência, lembrando delas somente no mês de setembro, como que por aquelas pantomimas obrigatórias da grade curricular, plantando uma muda num canteiro central da cidade, pra curioso comentar, um repórter foca tirar uma foto e publicar no jornal e um saudosista dizer, que coisa linda! Realmente, embora muitos não gostem quando se bate no quengo com este introito, verdade seja dita, quando se cresce, não é tão comum assim comemorarmos datas como o Dia do Índio ou o Dia da Árvore, melhor comemorar uma black-Friday, não é mesmo? Só mesmo com o calor de 40 graus queimando a cuca, suando o sovaco, as virilhas, escorrendo no pescoço, pra muitos se lembrarem da falta de uma árvore a fazer sombra na praça. Prá estes saprófitas, a gente lembra que no sabadão 21 de setembro, mesmo sendo uma data morta no calendário,registra-se o Dia da Árvore, data foi escolhida por anteceder o início da Primavera no hemisfério sul. O mais interessante é que, apesar de ser conhecido pelo nome Dia da Árvore, a data hoje em dia tem outro nome: Festa Anual das Árvores, nomenclatura instituída em 1965, pelo decreto federal 55.759. O objetivo da comemoração, seria para se promover a importância da preservação das árvores e das florestas, promovendo a reflexão a respeito das consequências do desmatamento e da expansão da poluição. Seria, pois nas atuais circunstancias, incêndios se alastrando pela Amazônia, Manso, Chapada, Serras da Petrovina, Ricardo Franco, Tapirapuã etc, devastando árvores seculares, matando animais, eventuais motivos que se teriam para comemorar a efeméride natural, tornam-se tornaram-se uma grande preocupação, se analisarmos que somente nos primeiros oito meses e meio deste ano, o número de focos de incêndio chega a 7.003 em Mato Grosso. Um contraste, a foto de uma criança plantando uma muda no canteiro central da Avenida Sete de Setembro aqui em Cáceres e as imagens das chamas que consomem partes das florestas do patropi, retratando um cenário desolador. Sem dúvida que devido à extensão das queimadas, os danos à fauna e flora locais são de imensa gravidade. Sem exageros, podemos dizer que todo o ecossistema é prejudicado com as queimadas, resultando na destruição da flora e da fauna, mesmo porque a carbonização é a primeira consequência sentida pelo reino animal. As espécies que não morrem de imediato podem sofrer ferimentos incapacitantes ou letais, mas após o fogo, com a perda dos habitats, os animais podem morrer por falta de abrigo ou alimento. Sabe, pode até parecer utopia de naturalista, mas a singela data Dia da Árvore, deveria ser um ótimo momento também para relembrar às pessoas que as árvores são responsáveis por proporcionar o oxigênio que respiramos, a sombra que nos ajuda a refrescar enquanto caminhamos na rua, além de sua importância para o equilíbrio do ecossistema. Só prá concluir, lembramos que cada árvore derrubada pela criminosa moto serra, agonizante ao ser arrastada pelos malditos correntões é mais uma lágrima a rolar na face da Santa Mãe Natureza. Lembre –se sempre disso, hoje, e, sempre.
fonte: Da Redação
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