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Ainda não chegou a primavera, mas os arautos palacianos do reino tupiniquim, com ares de bias-novas, já anunciam in-off nem tanto assim, que o salário minimo de 2020 será de R$ 1.039,00 ou seja, um reajuste se assim se pode chamar, de 3,9% do atual, o que seria a reposição inflacionária do ano no bereré do Seu Zé e da Dona Maria, os trabalhadores assalariados e os ditos beneficiários da Previdência Social, cujo aludido rombo, não tem o carimbo da gente. Os tais economeses do governo, dizem que pela regra atual, o mínimo deve ser anualmente corrigido, levando em conta o crescimento da economia de dois anos antes e a inflação do ano anterior, justificando que foi esse cálculo que elevou o salário mínimo em 2019 de R$ 954 para R$ 998, quando na verdade, o valor aprovado pelo Congresso no Orçamento deste ano, estipulava R$ 1.006,00 e embolsaram R$ 8,00 de cada assalariado e ou aposentado, pensionista e os cambaus. Com a maior pachorra ainda anotaram na mídia, que a diferença, (os nossos R$ 8,00 afanados) gerou uma economia de R$ 2 bilhões, porque o salário mínimo é indexador de uma série de pagamentos feitos pelo poder público, entre eles os benefícios previdenciários. Cá prá nós, esta tal economia tem outro nome, é afano mesmo, ainda mais que o índice anual de inflação, nunca foi 4, 5 ou 6%, basta verificar o preço real da cesta básica nos 12 meses, o preço dos combustíveis, dos juros cobrados pelos bancos, dos remédios e alhures. Outra falácia dos economeses, que  sempre que o salário mínimo sobe, os gastos do INSS aumentam automaticamente, mas não falam que concomitantemente, aumentam as recolhas de empregados e empregadores ao saco sem fundo do governo, tudo é automático. Mas vamos ao tal salário de fome, o tal mínimo, cujo valor (R$ 1.039) está abaixo da previsão anterior, feita em abril, que era para R$ 1.040 em 2020. Veja o leitor que eles não dão ponto sem nó e a gente se baseia aqui num cálculo feito pela TV Globo, que  mostra que, ao propor um salário mínimo R$ 1,00 menor do que o estimado anteriormente, o governo vai economizar cerca de R$ 300 milhões no próximo ano. Economizar, veja só novamente o deboche com a cara do trabalhador operante e àquele que foi explorado por décadas e agora depende da merreca pra sobreviver como aposentado ou pensionista. E os economeses do governo apontam cálculos oficiais de que o aumento de cada R$ 1,00 para o salário mínimo implicaria despesa extra de, no mínimo, R$ 300 milhões ao erário! Eles misturam as bolas pra engodar o povo, não é despesa nem economia, é uma moedinha de R$ 1 Real, que realmente faz a diferença, a maior para eles, claro. No limiar de 2019 nos afanaram R$ 8,00 na maior cara dura, agora, mais R$ 1,00 e pelo menos mais 5% de uma inflação real não reposta, num país cuja população foi sangrada de 1º de janeiro deste ano até o meio dia de ontem via impostos, a astronômica cifra de R$ 1 trilhão e R$ 660 bilhões e alguns quebrados, despejados no saco sem fundo do governo. Senta porque senão vai ficar cansado e apesar de tudo, a vida continua, temos muitos deveres e mínimos direitos, a fila anda e precisamos trabalhar pra gastar e pagar mais impostos, não é assim que caminha a humanidade? Pois é!

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