S.O.S Amazônia!
Data:03/09/2019 - Hora:08h51
Reprodução Web
Certo dia, houve um grande incêndio na floresta, e todas as áreas foram cercadas por um fogo denso; os animais, atônitos, não sabiam o que fazer e nem para onde correr; De repente, todos pararam e viram que o beija-flor ia até a margem do rio, mergulhava, pegava em seu bico algumas gotas de água, voava até o fogo e deixava a gotinha cair sobre as labaredas. O elefante, vendo aquilo, disse-lhe: “Você está louco? Acredita que esta simples gota d'água pode apagar um incêndio tão grande?” Ao que o passarinho respondeu: “Eu estou fazendo a minha parte e se todo mundo ajudar com certeza conseguiremos alguma coisa”. É mais ou menos por aí, não por acaso, se todos tivessem feito a sua parte, nem a Serra Ricardo Franco, nem os canyons da Chapada e alhures, estariam mais uma vez, assim como o continente amazônico ardendo em chamas. Mas é muito comodo falar, criticar e se omitir, então truco, que se dane o mundo, certo? Errado, pois a gente se dana nele e com ele, quando deveríamos cobrar de nossos políticos, gestões sérias contra os desmatadores, os principais inconsequentes, de cujas nefastas ações, decorrem a maioria dos incêndios. Cediço, que esses desmatamentos têm várias consequências concretas, a primeira obviamente, a liberação no ar de uma quantidade muito grande de dióxido de carbono, o principal gás de efeito estufa que contribui para o aquecimento do clima da Terra. Se a queima de biomassa emite naturalmente CO 2 , a morte das árvores libera todo o carbono que foi sequestrado por décadas. Assim, os mesmos padrões típicos de desmatamento são observados ao longo da fronteira agrícola da floresta. As árvores são abatidas e a vegetação restante é queimada para dar lugar a pastagens ou culturas, não havendo dúvidas, de que esse aumento na atividade de fogo está associado a um aumento acentuado no desmatamento. E quando se fala em aumento, é grave, vejam os senhores, que o número de focos ativos registrados na área aumentou 359% de julho para agosto deste ano, alcançando 24.417 focos, c/f dados de 22 de agosto, (últimos do Inpe), algo em torno de 52,6% dos pontos de queimadas no continente. Robin Chazdon, professor emérito da Universidade de Connecticut, em comentários às queimadas na amazônica, informa que os efeitos da destruição da floresta não permanecem só nesta região, eles afetam a todos nós o planeta, já que os incêndios contribuem para as emissões de carbono, daí a preocupação geral. Ressalte-se que, se as florestas tropicais não puderem se regenerar ou ser reflorestadas, elas não serão capazes de recuperar seu alto potencial de armazenamento de carbono. Mas o empoderado bicho-homem, em nome do tal progresso que só beneficia eles e seus apaniguados, defende o desmatamento, insensível aos incêndios, que reduzem a quantidade de água que evapora e torna o clima mais seco. Menos vapor de água significa menos chuvas, solos mais áridos, secas mais regulares e maiores, o que por sua vez levará a novos incêndios florestais mais devastadores e a crescente dificuldade no cultivo de terras anteriormente desmatadas, agora mais sensíveis a erosão. Observem só à que situação de ganancia leva o exterminador do presente, muitos se arvorando em patriotas, criticando cientistas que defendem uma coalisão planetária para salvar a amazônia, afinal, ela não é só do Brasil e da América do Sul, ela é um importante rio aéreo, um bioma que viabiliza a existência das cidades, um patrimônio mundial, assim como o pantanal. Se semi-dizimada, a floresta não tem como voltar a ser o que era, é possível trabalhar com a via da restauração passiva, que é quando a gente deixa a natureza encarregada pela sua própria renovação. De que forma? Deixando de agredi-la, de ofendê-la com os malditos e cruéis desmatamentos, Bom Dia!
fonte: Da Redação
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