Põe na conta das Viúvas?
Data:24/08/2019 - Hora:08h47
Reprodução Web
Estamos quase chegando ao Dia D... D de Desespero, dos pobres e assalariados, aposentados e pensionistas e viúvas humildes do reino tupiniquim, agonizantes ante a virtual real aprovação da tal Reforma da Previdência pelo Senado da República, após passar pela Câmara federal à guisa de negociatas milionárias de emendas remendando os direitos constitucionais dos cidadãos de classes C, D e E, deste país das desigualdades. O governo considera fundamental aprovar a reforma, segundo suas falácias, para equilibrar as contas públicas, sacrificando recursos sagrados dos idosos, viúvas e desvalidos, para investimentos em outras áreas; que desde 2014, o governo federal apresenta déficits bilionários nas suas contas, refletindo o crescimento das despesas em ritmo mais acelerados que a expansão das receitas, algo em torno de R$ 120 bilhões em 2018; que o aumento das despesas tem sido puxado, em especial, pelos gastos com Previdência, um rombo, de R$ 266 bilhões no ano passado, segundo o ministério da Economia. Pausa, para desmascarar esta grande mentira, haja vista que pelos números consolidados através de uma CPI da Congresso Nacional, comprovou-se o superávit da Previdência entre 2000 e 2015, num total de R$ 821,7 bilhões, contabilizados após 31 audiências públicas, nas quais foram ouvidos 144 especialistas, entre auditores, professores, juristas, sindicalistas, empresários, senadores e deputados. A mesma CPI constatou que o problema da Previdência é de gestão, malversação, anistias, sonegação e desvios, mostrando que nos últimos 15 anos, a Previdência deixou de arrecadar mais de R$ 4,7 trilhões com grande devedores, sonegadores, contingenciamentos e dívidas. Isso justificaria o alegado rombo que uma reforma resolveria, claro, com outro rombo, no bolso dos aposentados, pensionistas e viúvas, pré e pós, que mais uma vez pagaria a conta perdulária dos governantes. Numa rápida análise à tal reforma, (PEC 6/2019), vamos às contas: as pessoas que têm hoje média salarial de R$ 2.240,90 recebendo 90% dessa média ao se aposentar, passando a ter direito a R$ 2.016,81 mensais, com a aprovação da reforma, a média salarial dos trabalhadores cai para R$ 1.899,41 e, a aposentadoria, para R$ 1.139,65. Uma perda de R$ 877,16. O projeto que a Câmara aprovou, por maioria e o senado cevado com dinheiro do povo deve ratificar, vai fazer com que esse cidadão brasileiro, nas mesmas condições, de 65 anos e com 20 anos de trabalho comprovado em carteira, não receba mais R$ 2.016 por mês; Na nova regra para pensões por morte, atualmente um servidor público com salário de R$ 12 mil deixa R$ 10.150,34 de pensão, no caso de ter apenas um dependente e após 20 anos de contribuição. Com a PEC 6/2019, esse benefício passará a ser de R$ 3.024,00. Se o infeliz morrer na véspera da publicação da PEC, a pensão é de R$10 mil, já se morrer no dia da publicação da PEC, a pensão cai para R$3 mil, um absurdo, mão grande no bolso da viúva e órfãos. São apenas alguns detalhes ausentes na grandemídia e propaganda indecente do governo, que esconde ter renunciado entre 2007 e 2016, R$ 925 bilhões que seriam destinados à seguridade social, em benefícios e isenções fiscais aos grandes empresários e que prejudicam o sistema. Se atualizarmos de acordo com a taxa Selic, teremos um R$ 1,5 trilhão, dinheiro do povo, que deixou de entrar na receita do INSS para sustentar o falso rombo, que num bis-idem, querem que o povo humilde ressarça, uma vergonha!
fonte: Da Redação
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