O Folclore Resiste
Data:24/08/2019 - Hora:08h22
Reprodução Web
Há 55 anos, desde agosto de 1965 portanto, o decreto 56.747, oficializou o dia 22 de agosto como o Dia do Folclore, numa justa homenagem à cultura popular brasileira, formada pela mistura de elementos indígenas, portugueses e africanos, numa miscelânea que vai das danças, a culinária, das lendas ao artesanato e por aí, mesclando povos e costumes, num riquíssimo cabedal histórico de tradições. A palavra folclore tem origem no inglês antigo: "folk" significa povo e "lore," conhecimento, cultura. Mas na verdade, esse termo esse termo vem de longe, do tempo de Zagai, quando se amarrava cachorro com linguiça, plantado pelo arqueólogo William John Thoms, ao enviar uma carta ao jornal inglês Athenaeum, em 22 de agosto de 1846, na qual sugeria que todo o conjunto de tradições ou antiguidades populares poderia ser definido pela palavra folklore. Brasileiramente falando, o nosso folclore se define pela cultura deste povo tradicional, não havendo nada mais nacional do que ele, afinal, é o tal Folclore tupiniquim, o conjunto das tradições culturais dos conhecimentos, crenças, costumes, danças, canções e lendas dos brasileiros de norte a sul. Com certeza na era digital, perguntar a um jovem se ele conhece os personagens de nosso folclore, seria perda de tempo, já que para esta geração sem a disciplina de artes na grade curricular, a saida pela tangente, é formada em notebook, enredados na internet e Luiz da Câmara Cascudo (O Papa do Folclore), não diz nada. Em Vez de caçar Saci, Cuca, a Bruxa do Capoeirão, Curupira, Caapora, Boitatá, Mula sem Cabeça, Sereia, Lobisomem, Minhocão e demais personagens de crendices nas antologias de Lobato, Suassuna, a onda é caçar Pókemon; dançar siriri e cururu, o chorado, São Gonçalo e rasqueado, é coisa de velho, o barato é o funk, o falso sertanejo universitário reprovado na clave de sol; Saborear Maria Isabel, Pacu assado com farofa de couve, carne seca com banana-da-terra verde, acelerar a potencia no guaraná ralado, saborear o Furrundu, molhar a goela com licor de pequi, nem pensar, um subway desce melhor com Coca-Cola, não é mesmo? Graças à Deus, a geração baby-bommer ainda não arriou os costados e o Folclore continua vivo, nos bailados do Chalana, (Alô Tolotti); na viola de cocho de Seu Lourenço da Guia; no bolo de arroz das Bike-Food’s; no rasqueado de Pescuma, no canjinjin da Praça da Feira, made on Vila Bela; Nas conversas ao pé do ouvido com os pescadores veteranos das Z-2 e demais pérolas do folclore pantaneiro cantado em prosa e versos registrados no Pantanal em Aquarela de Lorde Dannyelvis. Concluindo, a gente não poderia encerrar o papo diário resumido, sem relacionar o folclore com o turismo, mesmo porque Cáceres é um dos mais importantes nichos deste setor nacional. Na real, o folclore funciona como um pano de fundo ao turismo, pela histórica tradição dos folguedos, musica, dança, culinária, etc, atuando os visitantes, como divulgadores do folclore e como fonte de recursos para o crescimento da economia local, o que pode significar melhoria da qualidade de vida das camadas populares. Esta relação, porém, precisa ser avaliada no sentido de resguardar os agentes da cultura popular das pressões econômicas e políticas. A única política que se admite na cultura de um povo, é cultural, do resgate dos valores históricos, algo difícil nos últimos tempos, mas o Folclore reage, resiste e se depender da gente será eterno, Bom Dia!
fonte: Da Redação
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