Sinuca de Bico
Data:21/08/2019 - Hora:08h17
Reprodução Web
Embora alguns possam nos taxar de pessimista, língua de trapo, do quanto pior, melhor, de trotskistas e os cambaus, vale aqui aquele aforisma, que pior cego é aquele que insiste em não ver, pois amigos, a coisa tá braba mesmo, o trem anda cosquento, tem vampiro bebendo groselha, calça rasgada no joelho deixou de ser moda, é pobreza mesmo, pode piorar, segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas.Apolíticos como sempre fomos, não podemo ignorar os dados que mostram, a desigualdade crescente nos últimos quatro anos no Brasil, fazendo com que o abismo entre ricos e pobres fique cada vez mais profundo. A pesquisa da FGV que tivemos acesso, revela que o país está vivendo o ciclo mais longo da história de aumento da concentração de riqueza no território nacional. Nos últimos 17 trimestres seguidos, o Índice Gini, (dado que mede o nível de desigualdade social), vem crescendo continuamente. O indicador passou de 0,6003, no quarto trimestre de 2014, para 0,6291, no segundo trimestre deste ano. Quanto mais perto de 1,0, maior é a desigualdade e, quanto mais perto de zero, menor é a concentração de riqueza. Óbvio, que o desemprego desempenhou papel importante no aumento da desigualdade durante esse período que inclui a recessão de 2015 e 2016, a maior já documentada, interrompendo o processo de redução da concentração da renda que vinha sendo registrado desde o início dos anos 2000, conforme relata o economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social, responsável pela realização do estudo. A renda caiu junto com a desigualdade nesse período em meio à brutal desaceleração da economia, mostrando que esse aumento da concentração ajuda explicar a perda do bem-estar social. Outro detalhe é que o estudo mostra que os 10% mais ricos tiveram incremento de 2,55% na renda, ao passo que a renda da metade mais pobre da população encolheu 17,1%. Veja o amigo leitor, que nem mesmo em 1989, quando foi registrado o pico histórico da desigualdade, houve uma concentração de renda por um período tão longo. Com este ritmo, a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, não querendo ser pessimista, é bom que se frise isso, não é possível afirmar que o pior já passou. Nem todos tem vocação pra tocador de violino de navio, vejam que até a última quinta feira, dia 15, as saídas de capital estrangeiro da Bolsa de Valores somaram R$ 19,16 bilhões, a maior fuga de capitais do mercado acionário brasileiro, desde que se passou a medir sua participação na Bovespa, em 1996, superando, inclusive, a ocorrida no mesmo período de 2008, ano da supercrise mundial, que foi de R$ 16,5 bi, de janeiro até a metade de agosto.Se os grande estão com a pulga atras da orelha, se lançando ao mar das tormentas em busca de refugio para seus capitais, imagine o classe media,(nem se fale aqui, do pobre assalariado) acendendo uma vela para o santo das causas impossíveis, Santo Expedito, já descrente das tais reformas, da previdência e tributária, e com razão, que até prova em contrário,só deverá facilitar a vida dos grandes empresários e banqueiros. A esperança é a última que morre, mas ela um dia morre, não é mesmo?
fonte: Da Redação
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