Operação desmonta muamba no presidio central de Cuiabá
Data:16/08/2019 - Hora:08h48
Sindispen
Diversos aparelhos eletrônicos, ventiladores, freezeres e geladeiras foram apreendidos em uma operação na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. A ação começou na terça-feira (13) e deve durar um mês, segundo estimativa do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT). Durante os 30 dias não haverá visitas.
A PCE tem capacidade para pouco mais de 800 presos e abriga cerca de 2.400 presidiários. A operação foi nomeada de 'Agente Elison Douglas'. O servidor foi assassinado em Lucas do Rio Verde, no dia 30 de julho. De acordo com o sindicato, a operação funciona da seguinte forma: os agentes penitenciários entram no corredor, retiram os presos de uma determinada cela e os colocam na quadra.
Cada preso sai com tudo que ele tem dentro da cela e, quando passam pelo agente, é revistado. O preso pode retornar com apenas o que é permitido dentro da PCE. Todo material proibido ou fora das regras é catalogado e entregue para a família do preso.
Alexandre Bustamante, secretário de Estado de Segurança Pública, informou que a PCE passa pela maior faxina já vista desde a sua criação, onde celas, blocos e alas estão sendo higienizadas, restauradas e reorganizadas. Destacou também que não há motivos para as famílias se preocuparem e que há muitas coisas dentro do presídio que não deveria estar.
“Estamos tirando todos os materiais de dentro das celas, reorganizando, pintando, tirando tomadas internas e melhorando a qualidade de ventilação. São hoje cerca de 2.400 reeducandos, então, imagina fazer uma obra dentro de casa com todas essas pessoas dentro, é complicado. Imagina esse tipo de trabalho,” concluiu.
O Secretário destacou que todo o processo está sendo acompanhado pelos órgãos de controle, como Ordem dos Advogados do Brasil, Defensoria Pública, Ministério Público Estadual, afirmando que freezers, fogões e vários objetos velhos estão sendo retirados das celas, com permissão legal e que as celas não terão mais energia elétrica. As tomadas internas estão sendo retiradas e os ventiladores, por exemplo, serão fixados na parede, como já é feito nos novos presídios.
A operação deve se estender por 30 dias e os agentes acreditam que durante esses dias será retirado tudo que é excesso, entre eles ventiladores, freezer, entre outros objetos. Na quarta-feira (14) famílias de presos fizeram protesto contra suspensão de visitas na PCE e ficaram na frente do Fórum de Cuiabá, quando cerca de 20 pessoas participaram de uma reunião com o Juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidelis pedindo que ele interceda junto à Secretaria Estadual de Segurança Pública, para que as visitas sejam autorizadas.
fonte: G-1/MT e GD. com Redação
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