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Exploração e domínio
Data:06/08/2019 - Hora:08h36

Lançado em 1971, o livro As Veias Abertas da América Latina, do escritor uruguaio Eduardo Galeano, logo se transformou em um clássico para os seguidores de filosofias anticapitalistas e anti-imperialistas. No livro, o autor analisa a história da América Latina sob o ponto de vista da exploração econômica e da dominação política, desde a colonização européia até a contemporaneidade da época que foi lançado. Isso em um período contextualizado pela Guerra Fria (1945-1991), e pelo início de um ciclo de regimes ditatoriais nos países latino-americanos. A publicação de Galeano era identificada como sendo uma obra revolucionária e de esquerda, que foi banida na Argentina, Chile, Brasil e no Uruguai, durante as ditaduras militares nesses países. O escritor chegou a ser preso em solo uruguaio, e depois obrigado a se exilar, primeiramente na Argentina, e depois, na Espanha.

Neste ensaio contado de uma maneira não acadêmica, mas, sim, de forma poética, fluida e dramática, o escritor usa suas últimas páginas para grafar a diferença entre as colonizações de exploração, predominantes no sul dos EUA e em todo o continente latino, e as de habitação, na parte dos Estados Unidos que dominou todo o território, não esquecendo claro, dos aspectos herdados de um comportamento fascista, que ignora ferozmente aspectos de cunho social para supervalorizar o capital. Para Eduardo Galeano, o legado a seguir na América Latina era sim o social, na tentativa de frear o alastramento do “progresso”, que tem suas aspas justificadas pelo corrimento também da miséria nos pedaços de terra conquistados pelo primo rico, localizado mais ao norte.

Mais de 40 anos depois, o escritor revelou ser a prosa da esquerda tradicional chata. Além do que, o seu físico não aguentaria e, portanto, seria internado no pronto-socorro. Em outra declaração Galeano demonstra que assumiu um tom mais ponderado para analisar o maniqueísmo político de outrora: “Em todo mundo, experiências de partidos políticos de esquerda no poder, às vezes deram certo, às vezes, não, mas muitas vezes foram demolidas como castigo por estarem certas, o que deu margem a golpes de Estado, ditaduras militares e períodos prolongados de terror, com sacrifícios e crimes horrorosos. Incluindo erros cometidos em nome da paz social e do progresso, em alguns períodos”. – completou o escritor uruguaio. ***___Rubens Shirassu Júnior, escritor, pesquisador, jornalista e pedagogo. Autor, entre outros, de Religar às Origens (ensaios e artigos, 2010) e Sombras da Teia (contos, 2016) - www.rubensshirassujr.blogspot.com

 



fonte: www.rubensshirassujr.blogspot.com



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