Justiça manda professores retornar às aulas em 3 dias
Data:01/08/2019 - Hora:08h37
JCC
Decisão da desembargadora Maria Erotides Kneip, membro do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, na última 3ª feira, (30) declarou abusivo o movimento grevista dos professores da rede estadual que dura pouco mais de dois meses, dando prazo de três dias para que as atividades retornem. Os profissionais entraram em greve no dia 27 de maio após convocação do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep).
Caso a decisão não seja cumprida pelo sindicato, a magistrada estabeleceu uma multa de R$ 150 mil por dia de descumprimento. Maria Erotides reconheceu todos os argumentos do Estado no que diz respeito aos impedimentos legais para a concessão do aumento salarial da categoria.
Conforme Kneip. diante da extrapolação do limite de gastos com pessoal, há expressa vedação legal para aplicação de quaisquer reajustes ao funcionalismo público, consoante previsto no artigo 29 da Lei Complementar Estadual nº 614 de 5 de fevereiro de 2019.
Ainda de acordo com a avaliação da desembargadora, o relatório produzido pelo Tribunal de Contas do Estado, que aponta que “a situação irregular vivenciada pelo Estado de Mato Grosso não é inovação da atual gestão, eis que o excesso de gastos com pagamentos de pessoal advém das administrações passadas, sem a observância à Lei de Responsabilidade Fiscal”.
Ela ainda destacou a importância de que o Executivo “adote medidas mais eficientes para resguardar a higidez das finanças públicas, sob pena de responsabilização pessoal do próprio chefe do Poder Executivo e seus secretários vinculados”.
A magistrada citou ainda que o movimento prejudica diretamente 395 mil alunos da rede pública estadual, afetando seriamente o calendário escolar e o ensino público de qualidade.
Em sua determinação, a desembargadora determinou que no prazo de 15 dias o Sintep deverá apresentar um calendário de reposição de aula e manteve a proposta ofertada pelo Estado, por ocasião de audiência conciliação, nos sentido de pagar os dias descontados daqueles profissionais que aderiram ao movimento.
Em nota, o presidente do Sintep, Valdeir Pereira, afirmou que "não é a primeira vez que há posição do judiciário contra movimento paradista da Educação" e que o momento é de reforçar a fileiras de lutas com a paralisação das unidades que ainda estão trabalhando e a manutenção dos que estão paralisados/as para reconquistar a Lei Complementar 510/2013 e atentos ao calendário de mobilização e atividades sindicais.
fonte: Assessoria com Redação
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