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Depois de acordar com a buzina daquele bruto nas curvas da estrada dos Santos, agradecer à Deus que a Vida segue e acender uma vela pra São Cristóvão,  pegamos carona em um novo dia, e rodamos pelo mundão do pensamento, chegando hoje, depois de comemorar com amigos na viagem dos sonhos a quinta feira, 25 de julho, quando o calendário registrou o Dia do Motorista, e estamos aqui pra mais um dia de trampo. Foi legal às pampas, brindar o herói anonimo, que transporta o progresso do país,  desafiando os  obstáculos dos pedaços de mau caminho,queimado pelo sol  que atravessa o para-brisa e engolindo luas. Sabiam que são  milhões na boleia, faça chuva ou faça sol? Pois é, muitos deles, longe da família, alguns com a prestação do caminhão, da van, ou do ônibus atrasada, ou com o preço do diesel ameaçando seus ganhos, mas perseverantes, como diz a canção do gênio Renato Teixeira: conhecendo cada palmo deste chão, é só mostrar a direção, quantas idas e vindas, meu Deus, quantas voltas, que viajar é preciso, com a carroceria sobre as costas, fazendo frete cortando o estradão, coisa linda, né mesmo, irmão caminhoneiro? Prá eles e sem reservas, indistintamente, à todos os motoristas deste desigual reino tupiniquim, este editor compôs e postou no canal youtube, o samba Boa Viagem,  viajando nos versos alusivos, sem ultrapassagens nas curvas, que a vida é tão bela e aquela curva, pode ser fatal, e Cristóvão, é o Santo Padroeiro, e do companheiro, exige atenção.  Amigo, herói motorista, o seu dia, ontem comemorado, coincidiu propositadamente com o dia de São Cristóvão, escolhido, seu Padroeiro, devido no calendário católico, marcar a celebração de um ato que acompanha a humanidade há milênios: o transporte. Na história bíblica, São Cristóvão foi o transportador, ao carregar Jesus Cristo e todo o peso do mundo em suas costas, conseguindo atravessar o rio e chegar do lado do outro lado. Tudo a ver, não é mesmo? Você, carrega o peso do mundo em suas costas, e ainda acha tempo pra se distrair e aos outros, com as tradicionais frases de para-choques, das quais selecionamos algumas, para fechar por ora nosso bate papo: “Mulher é como índio: pinta-se quando quer briga;" - “Quando homem valer dinheiro, baixinho serve de troco;” - “Sogro rico e porco gordo só dão lucro quando morrem;” - Cana na fazenda dá pinga; pinga na cidade dá cana;” – “Casei-me com Maria, mas viajo com Mercedes; -“Mulher feia e morcego, só saem `a noite;” -- “Rico tem veia poética; pobre tem varizes;”- ”Chifre é igual dentadura: demora mas acostuma;”--Pobre é igual disco de embreagem: quanto mais trabalha, mais liso fica:” – Se a cozinheira chegar, sai comida;” São tantas que não caberiam numa página inteira, mas fazem parte do nosso folclore e do dia a dia das estradas, quebrando um pouco a monotonia e a solidão das viagens. E com estas e outras que a gente curte sempre, ao cruzar com estes heróis numa viagem, num café de beira-estrada, vamos puxando o freio de mão e estacionando por aqui mesmo, que depois da viagem na boleia de Morfeu,  ainda temos mais um punhado de páginas pra navegar  no mundo das noticias e o leitor nos espera logo pela manhã em sua casa, no trabalho ou nas bancas, como a do amigo Daud, ali na Praça Major Carlos; Boa Viagem e Viva São Cristóvão.

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