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Fulaninho não tem registro de jornalista mas tipo foca, produz algumas coisas e assim se intitula, ganhando pouco porque o dono da mídia onde ele trabalha não tem condições de pagar um bom salário, quebra o galho vendendo espaços de publicidade para complementar o bereré do mercado, da farmácia, do aluguel, que não é só o enterro que anda pela hora da morte, tudo é caro hoje em dia. Nas datas comemorativas específicas para um faturamento extra, o tal foca explora o lado midiático pra levantar um troco, tudo na mais correta seriedade, tentando vender  espaços, para aquele deputado que tem verba gorda de publicidade na tal indenizatória e assim, faturar os 20% da comissão. Pois é, Seu Mané, que bom forria se não sesse, né mesmo? Assim como o contrário de Fumo é Vortémo, ele levou foi fumo de vortémo com as mãos abanando do escritório do tal deputado, cujo assessor lhe buzinou que não tinha verba pra mensagem do Dia das Mães, arre égua! Nem prá mãe, o tal político tinha uma verbinha pro jornal, pra TV, prá radio, cheio de releases do Vossa Excelência, na base do venha a nós o vosso reino e nada de seja feita a sua vontade, danou-se Xô-Mano. Pois bem, esta historinha tem um fundo de verdade e quem é titular da imprensa no interior sabe de cor e salteado desta ladainha, que abriu hoje o nosso papo editorial, pra refrescar a cuca de alguns políticos que não honram os verdadeiros porta vozes da comunidade onde garimpam seus votos durante as campanhas, gastando a bufunfa da verba de publicidade longe dos grotões. Nem vamos aqui nos alongar ao governo federal que desembolsou no primeiro trimestre deste ano R$ 75 milhões e R$ 500 mil, em mídia ou seja, 63% a mais que o gasto no mesmo período do ano passado pelo governo Temer. Vamos aos nossos ditos representantes no parlamento, deputados e senadores, detentores de uma verba extra de R$ 45 mil mensal para divulgar o trabalho em publicações de jornais e folhetos sobre a atuação do mandato. Mesmo o gasto sendo  ressarcido pelo congresso, a maioria deles relega à Berlinda, a mídia de seus currais eleitorais, desaguando o bereré em canais alheios às suas bases, omissos à mídia regional, alvo apenas de seus releases sem contrapartida. Dados da agencia marcozero.info registra que em 2017, 41 deputados federais de 14 Estados e do Distrito Federal gastaram R$ 754 mil em dinheiro público na compra de reportagens em sites, blogs, jornais e revistas influentes nas regiões em que foram eleitos. Com certeza estes dados estão longe de Cáceres, onde a pequena grande mídia regional sobrevive sem o minimo apoio dos Vossas Excelências, que só conhecem a imprensa local pelo endereço virtual para postar releases, alheios ao custo de uma impressão, tempo de TV e ou rádio, omissos até mesmo numa assinatura do periódico, mesmo sendo reembolsados pela tal verba indenizatória que soma-se aos R$ 278 mil/mês pagos pelo povo aos Vossas Excelências, é uma vergonha!

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